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Enviada em: 26/09/2017

Hipócrates, considerado o pai da medicina, dizia: "que seu alimento seja seu remédio, e que seu remédio seja seu alimento." Porém, suas recomendações não estão sendo acatadas pelos brasileiros, uma vez que um quinto da população encontra-se acima do peso. Dessa maneira, é necessário compreender as causas e efeitos da problemática, de modo a erradicá-la eficazmente. Primeiramente, convém ressaltar que o advento da obesidade possui raízes socio-culturais. Segundo Bauman, a modernidade líquida é caracterizada pela busca de prazeres imediatistas e pouca preocupação com o futuro. Tal panorama, aliado ao ritmo urbano acelerado em decorrência da incorporação das novas tecnologias, explica o sucesso de uma alimentação saborosa e rápida, porém pouco saudável e nutritiva, como fast-foods, por exemplo.  Destarte, em decorrência do fator supracitado, surgem vários efeitos, os quais são nefastos, tanto em âmbito individual, quanto coletivo. Diabetes, hipertensão e, até mesmo, Alzhaimer, estão relacionadas com o peso excessivo, comprometendo a saúde dos indivíduos de forma holística. Consequentemente, se faz necessário o uso de remédios para os ditos males, bem como cirurgia bariátrica, o que gera um grande impacto nas contas públicas, uma vez que o SUS arca com grande parte dos custos. Portanto, medidas são necessárias para a solução do impasse. O Ministério da Saúde poderia fornecer tratamento clínico da obesidade, por meio de acompanhamento com nutricionistas e psicólogos, de modo a evitar a realização da cirurgia bariátrica. As escolas poderiam realizar palestras frequentes sobre a importância de uma alimentação saudável, bem como incentivar os pais a prepararem lanches ricos em frutas e verduras. Já a mídia deveria incluir em suas tramas personagens que, embora imersos em uma vida atribulada, levam um estilo de vida saudável. Somente assim a máxima de Hipócrates poderá ser seguida na contemporaneidade.