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Enviada em: 23/10/2017

A obesidade ao longo da história da humanidade foi vista de diferentes maneiras, na Grécia Antiga o excesso de peso era sinônimo da beleza feminina. Entretanto, apesar de seus significados, é incontrovertível o número de tantas outras doenças que possuem como pontapé inicial a obesidade, e deterioram paulatinamente a qualidade de vida de aproximadamente metade da população brasileira. Dessa forma, cabe refletir acerca das nuances desse problema e quais as causas de sua ascensão na vida contemporânea.    Em primeiro lugar, o estilo de vida urbano hodierno é um dos fatores que levam à perpetuação desse cenário. A grande jornada de trabalho, atrelada ao trânsito, levam os indivíduos a optarem por alimentos rápidos e práticos, que em sua maioria estão imbuídos de conservantes e outras substâncias tóxicas. Ademais, a falta de tempo também dificulta a prática de esporte, abrindo porta para o sedentarismo. Logo, tal fator leva a uma alimentação com pouca qualidade nutricional, que simultaneamente com a falta de atividades físicas acarreta em um número cada vez maior de indivíduos que apresentam problemas como pressão alta e diabetes, fora a própria obesidade.   Além da problemática supracitada, não somente o estilo de vida nas cidades contribui para a persistência desse problema, mas também a indústria alimentícia. A presença de rótulos de difícil compreensão para leigos nas prateleiras dos supermercados, obstem a tomada correta de decisões na hora de escolher quais alimentos levar à mesa. Com isso, o consumo consciente e saudável é minado pelas estratégias de marketing da lógica capitalista. Prova disso são dados de uma pesquisa de 2016 divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU), as quais indicam 58% da população da América Latina com sobrepeso e 23% com obesidade.    Posto isso, para ser combatido o excesso de peso e outras doenças que ele traz consigo, o Ministério da Saúde, conjuntamente com o Ministério do Trabalho, deve mostrar-se atuante. Por intermédio da implantação de academias em empresas a partir de determinado número de funcionários, com tempo estipulado para a prática de atividades físicas que contabilizem como hora de trabalho, tem-se indivíduos mais saudáveis e consequentemente mais produtivos. Outrossim, cartilhas informativas nos supermercados que auxiliem na compreensão das informações contidas nas tabelas nutricionais dos alimentos, além de informar os respectivos problemas que o consumo exagerado de cada um deles traz, viabiliza o consumo consciente e mais saudável. Dessarte, o conceito de beleza, seja ele qual for, andará de mãos dadas com a saúde.