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Enviada em: 03/10/2017

O adolescente, que visita o fast-food da esquina três vezes na semana e sente indisposição em fazer atividades físicas, é diagnosticado como obeso. O executivo, anteriormente classificado como obeso, recebeu o diagnóstico de diabético e hipertenso. O cenário denota uma importante e grave discussão: a obesidade e seus efeitos.   Fatores socioculturais e educacionais influenciam diretamente a obesidade. Em uma sociedade marcada por extensas jornadas de trabalho e curtas relações interpessoais, é natural que argumentações de pouco tempo se transformem em justificativas para se isentar de cuidados à saúde, em especial da prática de atividade física. Ademais, a falta de abordagem, ainda durante o ensino fundamental nas escolas, de uma educação alimentar contribui para a construção de jovens com dietas ricas em carboidratos, potencializando o desenvolvimento da obesidade.      Destarte, o problema que muitas vezes é classificado como normal, deve ser visto sob olhar de preocupação, tendo em vista, além da obesidade, os problemas diretamente relacionados a ela, a exemplo da diabetes, hipertensão e o consequente comprometimento nas esferas pessoais e profissionais. Outrossim, a adipose se torna responsável por 5% das despesas do Sistema Único de Saúde (SUS), o que garante uma proporção maior da situação, a nível de classificação de um problema de saúde pública.       Urge, portanto, que, analogamente à primeira lei descrita por Newton, a inércia seja quebrada para que haja mudanças no que tange à obesidade. Para tanto, é necessário que o Ministério da Educação crie uma disciplina de educação alimentar nas escolas, na qual construa desde cedo uma relação saudável dos alunos com os alimentos; as iniciativas pública e privada devem estimular, através de eventos esportivos em finais de semana, os servidores a se exercitarem; ONG’s, por sua vez, devem ministrar palestras de conscientização dos perigos da obesidade, a fim de minimizar, a longo prazo, os casos de obesidade na sociedade.