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Enviada em: 05/10/2017

Desde a consolidação do capitalismo no século XVI e a ampliação das jornadas de trabalho no Brasil, o ser humano vem se distanciando cada vez mais dos cuidados com o corpo. Com isso, é perceptível que a sociedade atual, acelerada e sintética, está recheada de problemas relacionados à má alimentação e, principalmente, ao peso excessivo. Em um contexto em que o tempo engole o homem, a preferência por uma alimentação irregular afetada diretamente a saúde dos brasileiros.        Vítima da aceleração do mundo moderno, a alimentação tem se resumido a produtos industrializados e aos famosos fast-foods, não tão saudáveis e pouquíssimo nutritivos. Adaptando a ideia de modernidade líquida de Zygmunt Bauman, hoje em dia, o prazer imediato e o pouco cuidado com o futuro têm sido prioridade na vida do indivíduo brasileiro, que, em todo o tempo, prefere o mais rápido e,de certa forma, mais saboroso deixando o que pode, de fato, alimentá-lo.        Nesse sentido, o número de pessoas acima do peso no país já é maior que  a metade da população, atingindo 52% em 2015. O mais preocupante, entretanto, são os frutos desse problema: além de desequilíbrios psicológicos, como a bulimia, a obesidade abre caminho para a hipertensão, a diabetes e muitas outras consequências físicas que podem trazer resultados trágicos. Assim, tal fato tem contribuído consequentemente com as superlotações das instituições públicas de saúde que precisam atendê-los. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a tamanha demanda de pacientes tem provocado a diminuição de equipamentos como medidores de pressão, devido ao uso constante. Ademais, os centros públicos encontram-se cada vez mais lotados, isso porque muitos indivíduos acabam adquirindo doenças psicológicas por estarem acima do peso e sofrerem preconceitos.        Portanto, diante dessa situação, é necessário que algumas medidas sejam tomadas. É preciso que o governo invista na criação e reestruturação de centros esportivos estimulando as pessoas a buscarem a prática de exercícios físicos e da alimentação saudável. Além disso, cabe a mídia também a criação de campanhas publicitárias com  enfoque nos malefícios que a obesidade pode trazer ao indivíduo, como forma de tentar conscientizá-lo.