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Enviada em: 05/09/2017

Relógios, sapatos, roupas, celulares e carros. Estes são os principais produtos que os brasileiros gostam de comprar - em virtude da necessidade ou, simplesmente, da vontade. No entanto, essa última razão tem se tornado um problema. Nesse cenário, é incontrovertível que os hábitos de consumo no Brasil não são bons, tendo em vista a falta de consumo consciente e problemas educacionais. Nesse sentido, faz-se necessário resolver essa problemática.       A princípio, percebe-se que essa circunstância deve-se a fatores histórico-culturais. O consumismo desenfreado está impregnado na sociedade, uma vez que essa, historicamente, associa a prática de comprar vários produtos ao seu bem estar e, devido a isso, acaba adquirindo muitos objetos não necessários, mesmo que, por vezes, ultrapasse suas condições financeiras, a fim de demonstrar o seu "sucesso" na vida. Dessa forma, nota-se que uma das principais causas dos maus hábitos de compra no Brasil está diretamente relacionada à cultura.       Ademais, vale também ressaltar que a mídia reforça toda essa situação. O incentivo constante das propagandas às compras faz com que o indivíduo sinta-se pressionado a consumir, praticamente, a todo instante. Isso se explica pelo determinismo de Lamarck inserido no contexto social, já que, em razão do meio em que o consumidor se encontra estar cercado por essas publicidades, esse torna-se mais suscetível a tal influência, esquecendo-se de aderir a um consumo consciente. Sob essa óptica, fica visível que a influência midiática impulsiona esse impasse.       Outrossim, a insuficiente educação brasileira corrobora a persistência desse quadro, pois, por não ter uma matéria específica que ensine sobre práticas de finanças no currículo nacional escolar, os alunos, os quais, posteriormente, serão economicamente ativos, não sabem, em geral, regular suas contas, deixando-se levar pela boa aparência de certos parcelamentos e acumulando dívidas graças ao desconhecimento sobre os juros e outras taxas financeiras. Nessa lógica, mostra-se evidente que a educação financeira é essencial para a manutenção de bons costumes de consumo.       Para resolver essa questão, portanto, é preciso que a mídia, em parceira com ONG's e sindicatos, fomente o pensamento crítico da população a respeito do consumo consciente por meio de campanhas publicitárias, novelas, cartilhas, palestras e debates. Aliado a isso, é mister que o Ministério da Educação implante uma matéria obrigatória sobre educação financeira no currículo nacional do Ensino Médio, contratando profissionais qualificados para abordar tal temática. Com essas e outras medidas, será possível ter um país menos consumista e mais responsável.