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Enviada em: 06/09/2017

Na animação da Disney, Wall-e é um robô que vive solitário na destruída e poluída Terra. Longe da ficção, porém, fatores como a conturbada relação entre consumidor-produto, além de desequilíbrios ambientais fazem com que se aproximem dessa inteligente caricatura de um futuro da humanidade. Perante isso, se faz necessário buscar ações que minimizem esse impasse.       Em primeiro lugar, antes de tudo, é importante ressaltar a interação entre o que é consumido e quem o consome. De acordo com Karl Marx em seu livro O Capital, produzimos de tal maneira que a produção ganha status autônomo em relação a vontade humana - o chamado Fetiche da Mercadoria. Em razão disso, ocorre um inversão, ou seja, tornamo-nos sujeito-objeto enquanto que o objeto torna-se sujeito dessa relação de consumo. Essa seria uma espécie de coisificação, o qual o indivíduo dominado é compelido a consumir exacerbadamente, uma vez que está fora do controle da própria situação.       Já por outro lado, a tendência mercadológica em limitar a vida útil de algum produto culmina em consequências, como excesso de resíduos sólidos. O Ciclo de Obsolescência Programada (COP), vem desde a época do Toyotismo, quando Albert Sloan procurava atrair consumidores a trocar de carro frequentemente. Séculos mais tarde, tal processo parece vigorar com sucesso. Entretanto, o consumo inconsciente de produtos aparentemente sem utilidade acaba por gerar cada vez mais lixo, que descartados incorretamente agravam a situação. Só segundo o Programa da ONU para o Meio Ambiente (Pnuma), todos os anos, as cidades geram 1,3 bilhão de toneladas de resíduos sólidos.       Torna-se evidente, portanto, que o problema do consumismo é na realidade muito mais sério e requer atenção. Por isso, é importante que o Estado ofereça promoções para incentivar o consumo consciente e equilibrado. Desconto em mercadorias, assim como subsídios para produtos sustentáveis podem ser feitos com o auxílio governamental a fim de atenuar impactos. Ademais, escolas e ONG's pró ambiente, podem em conjunto oferecer palestras e práticas que despertem desde já nos pequenos hábitos de consumo responsáveis. As indústrias em diálogo com o consumidor podem, por exemplo, oferecer produtos reutilizáveis e de baixo impacto para assim mudar a postura consumista negativa juntos. E assim conforme tais medidas, haverá de dizer que se garantirá um pleno desenvolvimento, pautado na responsabilidade de consumo e respeito para com o planeta.