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Enviada em: 07/09/2017

O consumismo no Brasil tem entrado em pauta por unir questões importantes acerca do futuro ambiental e da saúde financeira da população brasileira. Dessa forma, são consequências a alta concentração de lixo eletrônico, que é despejado de maneira equivocada em aterros e o crescente número de inadimplentes, devido ao custo elevado das novas tecnologias, evidenciando o "status" desses produtos e a desigualdade em nosso país.     Primeiramente, o despejo tecnológico deve-se ao fato de que nessas últimas décadas houve um aumento exponencial no total de consumidores, pois as pessoas adquiriram um maior poder de compra. Porém, esse não é o único motivo, haja vista que a velocidade com que a modernização avança torna os aparelhos obsoletos mais rapidamente. Por conta disso, unindo esses dois fatos, é possível notar a falta de preparo de órgãos do Estado para buscar novas medidas de reciclagem, por exemplo, uma vez que a tendência é a do consumismo aumentar ao passar das décadas.     Em segundo lugar, o grande número de pessoas endividadas comprova o preço elevado desses produtos, seja pela taxa de impostos cobrados, seja pelo preço de custo posto pelo fabricante, que tem por objetivo aumentar seu lucro. Além disso, a desigualdade, traço marcante em nossa sociedade, se mostra presente principalmente na área de inovação, em que a ânsia por novidade é constante, pois o "status" concebido por ser "moderno" leva pessoas das classes C e D, seu maior mercado consumidor graças a concessão de créditos, a buscarem padrões ditados pela elite e pela mídia.      Por fim, faz-se necessário que órgãos públicos procurem expandir a reciclagem de materiais eletrônicos por meio da distribuição de lixeiras especializadas em receber tais resíduos em toda a cidade, a fim de se conter o acúmulo de componentes metálicos em aterros, por serem prejudicais aos mananciais. Ademais, as escolas e a mídia devem, por meio de aulas e matérias jornalísticas, promover a educação financeira, principalmente no Ensino Médio, com o objetivo de desmitificar o "status" social promovido por aparelhos eletrônicos.