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Enviada em: 07/09/2017

Com a eclosão da Revolução Industrial e o avanço da Globalização, a produtividade cresceu demasiadamente e, atrelado a ela, o consumo. O American Way of Life, difundido pelos americanos na década de 20, transmitiu a ideia de que o nível de felicidade de uma pessoa poderia ser medido através da quantidade de bens que ela conseguisse adquirir. Mesmo com a crise que veio posteriormente, a ideia de consumir para se alcançar a felicidade repercute-se até os dias de hoje, culminando para o desenvolvimento de uma sociedade com inúmero hábitos consumistas e, muitas vezes, irresponsáveis.       Nesse contexto, é válido observar que Karl Marx, ao criticar o capitalismo e seu modo de produção competitivo, transmite a ideia de que a produção intensa para se aumentar os lucros, não é algo bom, ao passo que gera drásticas consequências. Assim, é evidente que o consumismo exacerbado provoca inúmeros impactos ambientais, que vão desde o desmatamento e a emissão de gases poluentes, até à produção exagerada de lixo e de chorume por estes, que acabam por poluir os lençóis freáticos.       Outro fator existente é que a maioria das pessoas são consumidores inconscientes, tratando a prática, erroneamente, como uma divertida forma de lazer, além de compram sem necessidade, sendo motivados por promoções ou pelo desejo de "estarem na moda". O poema "Eu, etiqueta" do renomado escritor brasileiro Carlos Drummond de Andrade, revela-se uma brilhante crítica ao consumismo e o desejo de estar sempre na moda de muitas pessoas. Ademais, o surgimento dos cartões de créditos contribuiu para ampliar o poder de compra das pessoas, contudo, muitos utilizam dessa alternativa para garantir status ou até mesmo, tentar se ascender socialmente, criando uma realidade ilusória e gerando inúmeras dívidas e juros que não podem pagar. Tais atitudes evidenciam a ideia de Hobbes de que "O homem é o lobo do homem", visto que as ações do ser humano geram prejuízos ao próprio indivíduo.       Ainda convém lembrar que o consumismo infantil torna-se a cada dia mais preocupante. Motivadas pela presença de seus personagens de desenhos animados preferido em alimentos, roupas e brinquedos, crianças tornam-se alva fácil da mídia e do consumismo, visto que a maioria dos pais não negam o pedido dos filhos e compram inúmeros produtos para satisfazê-los.       Sendo assim, as Escolas devem mostrar aos alunos as consequências do consumismo tanto para saúde, quanto para o meio ambiente, através de palestras e projetos pedagógicos. Em adição, pode-se criar ONG's que conscientizem a população a consumir apenas o necessário e não se deixarem levar por propagandas, além de mostrarem outras alternativas de lazer, como os esportes. Isso pode ser feito por meio de projetos sociais. Por último, o Governo Federal pode proibir a utilização de desenhos infantis que atraem as crianças ao consumo, através da criação e sanção de novas leis.