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Enviada em: 10/10/2017

No século XX, foi implantado nos Estados Unidos o “American Way of Life” (estilo de vida americano), que incentivava o consumismo, com o intuito de fortalecer a economia. Desde então, isso tem aumentado, já que para haver maior lucro empresarial, e assim, gerar mais empregos, é necessário que a sociedade compre exageradamente. Na contemporaneidade, isso se fortaleceu com a globalização, e atingiu todo o mundo, inclusive o Brasil, por intermédio dos meios de comunicação. Nesse âmbito, observa-se que tal cenário tem causado sérios prejuízos ao Meio Ambiente e a qualidade de vida.     Em primeiro lugar, vale destacar que os pensamentos defendidos por Karl Marx, durante o século XIX, são observados, ainda, hoje. Com base nisso, a mercadoria se torna um fetiche, ou seja, a sua posse gera um status que é criado pela mídia, a fim de incentivar o consumo cego. De modo que, por exemplo, o “iPhone”, produzido pela marca norte americana Apple, é adquirido por muitos brasileiros, não apenas pela sua qualidade, mas principalmente pelo prestígio social. Assim, a sociedade compra inconscientemente, o que causa sérios prejuízos ambientais, pois toda mercadoria é oriunda de matéria-prima retirada da natureza, e essa prática, também, aumenta a produção de lixo.    Por outro lado, cabe ressaltar que o filósofo, já citado Marx, também, defendeu a ideia de que o mercado capitalista aliena o homem. Isso ocorre no mundo globalizado, uma vez que os meios comunicativos são os principais responsáveis por controlar os padrões de consumo, por meio da propaganda. Aliás, tal fato faz com que a população consuma inconscientemente, visto que no Brasil, segundo o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), sete em cada dez brasileiros pertencem a esse grupo. Dessa forma, o indivíduo se tornou uma marionete nas mãos desse mercado que dita as regras. Então, esse cenário prejudica o bem estar social, pois causa estresse na população, devido à pressão para conquistar certo padrão imposto.     Fica evidente, portanto, a necessidade de haver um conjunto de medidas para sanar esse problema. Logo, cabe às escolas instruir os jovens sobre os prejuízos do consumismo, por intermédio do incentivo da adoção de medidas de reciclagem, reutilização e redução, e também, precisa haver rodas de conversas entre os pais e alunos sobre esse tema. De igual maneira, o Ministério Público precisa estimular o pensamento crítico na mídia, por meio do financiamento de propagandas nos meios de comunicação, como a televisão e a internet, a fim de tornar os brasileiros consumidores mais conscientes. Ademais, o Tribunal de Contas da União deve aplicar incentivos fiscais, como a redução do imposto de renda, às empresas que adotarem medidas sustentáveis de produção, com o intuito de agredir menos a natureza.