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Enviada em: 12/09/2017

A Revolução Industrial trouxe a necessidade de ampliar o mercado consumidor. Para isto, o trabalho publicitário trouxe a relação afetiva ao consumo. Destarte, a irresponsabilidade financeira foi incentivada e, no Brasil, o quadro se mostra mais alarmante, uma vez que a educação econômica é inexistente no ensino de base, levando a endividamento.     Mormente, segundo Karl Marx ocorre a fetichização da mercadoria, em que o produto passa a ter valor emocional. Comprovando essa teoria, a pesquisa do Servido de Proteção ao Crédito e da Confederação Nacional de Dirigentes Logistas mostrou que 40,2% das classes A e B brasileiras utilizam o consumo como redução de estresse. Portanto, é indubitável que o brasileiro usa artifícios financeiros para amenizar questões psicológicas.    Ademais, urge, como agravante, a inexistência de uma educação financeira, contribuindo para ignorância da população sobre administração das próprias finanças. Não obstante, os bancos se aproveitam dessa insipiência, aumentando o limite de crédito e usufruindo dos juros altíssimos sobre o dinheiro emprestado, agravando o endividamento dos brasileiros. Infere-se, portanto, a desonestidade dos bancos e a imperícia do brasileiro agravam a inadimplência.   Como força resultante da descarga emocional no consumo e da inabilidade financeira da população, cerca de 60% das famílias brasileiras estão endividadas, segundo pesquisa da Confederação Nacional do Comércio. Sob tal ótica, são necessárias medidas de solução para a problemática.    Conforme o pedagogo Paulo Freire, a educação liberta, mostrando a necessidade de um melhor ensino sobre economia já na escola, com o fito de diminuir o endividamento, cabendo ao Ministério da Educação instituir a obrigatoriedade da matéria. Analogamente, empréstimos governamentais, a juros mais baixos, acolitaria aos inadimplentes. Por fim, a família deve ensinar a não descontar as emoções em mercadorias, evitando mais estresse com as contas. Com essas medidas, o nação se libertará.