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Enviada em: 14/09/2017

De acordo com Karl Marx,o fetichismo da mercadoria é um elemento fundamental para a manutenção do capitalismo,visto que nesse modelo econômico os produtos possuem valor simbólico e social . Nesse sentido,as relações sociais são sustentadas através da aquisição de bens materiais, mantendo, assim, a divisão desigual das classes sociais.Tal perspectiva,é característica da sociedade atual,visto que é marcada pelo consumo demasiado para favorecer interesses econômicos e políticos.Logo, são necessárias mudanças,a fim de cessar com essa concepção consumista enraizada na cultura e de garantir um desenvolvimento sustentável, pois o meio natural é prejudicado pelas ações antrópicas.   A expansão dos setores secundários e terciários da economia,por conta do advento das revoluções industriais,foi essencial para consolidar o modelo econômico vigente,o qual vincula consumo com prestígio social.Sendo assim,com a perduração do neoliberalismo,torna-se essencial a hegemonia da “Indústria Cultural” – termo criado por membros da Escola de Frankfurt.Em função disso,as mídias de massa favorecem a criação de um espectador passivo e acrítico para sustentar tal produção abusiva, uma vez que os mecanismos,como a televisão,são utilizados para favorecer interesses políticos e econômicos.Desse modo, tal fato não contribui para a democracia,já que o poder de compra não é usufruído por todos os cidadãos e, por conseguinte, favorece a perpetuação das desigualdades sociais.   Outrossim, a demanda excessiva do mercado auxilia no desequilíbrio ecológico, já que exige grande base produtiva para suprir os interesses das grandes potências mercantis. Desse modo, o produtor estimula um consumo constante através das estratégias da obsolescência programada e aumenta, por fim, a circulação de materiais industrializados. Sendo assim, além da extração irracional de recursos naturais para a elaboração dos produtos, a última etapa da cadeia produtiva permanece negligenciada e atinge diversos setores sociais e ambientais da sociedade, configurando, em suma, adversidades relacionadas à saúde pública e à habitação.   Portanto, são necessárias mudanças, a fim de amenizar o fetichismo pela mercadoria e de promover um desenvolvimento sustentável. Para isso, as escolas, com o auxílio das entidades do Terceiro Setor, devem promover campanhas, palestras e debates em prol da formação cidadã do aluno, de modo que estimule o consumo consciente e amenize a alienação. Ademais, como tentativa de diminuir o consumo demasiado e de haver mudança na mentalidade da população, os setores do Estado devem tornar obrigatoriedade a exposição da pegada ecológica nos produtos. Paralelamente, órgãos governamentais devem, através de subsídios, valorizar as empresas privadas que exercem o desenvolvimento sustentável, a fim de garantir uma nação que respeita os limites ambientais.