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Enviada em: 14/09/2017

Os padrões de consumo do homem modificou-se durante os anos. Hoje, não verificamos se temos a necessidade da compra de determinado produto, pois o ato de adquirir um novo objeto ganhou outro significado social.          De fato, a forma como nos relacionamos com o consumo, logo após a Revolução Industrial, é bastante diferente das outras épocas. Hoje, as pessoas trabalham para realizar os seus sonhos de consumo. Tudo isso alimentado por um ambiente propicio às compras. As propagandas,  por exemplo, sempre associam o consumo à felicidade. Ademais, temos uma geração descartável em que os produtos como eletrônicos ou roupas possuem validades curtíssimas mesmo em ótimos estados.      O consumo deixou de estar atrelado à necessidade. A compra, hoje, está associada a um sentimento de pertença a determinado grupo ou a um gatilho que traz felicidade. Dessa forma, há também o lado médico do consumismo que é a compulsão, pois a compra traz prazer momentâneo e isso pode tornar-se um vício. O que é preocupante, pois vivemos em uma sociedade, cada vez mais, presa ao trabalho por ambição e desejo de realizar os seus sonhos de consumo.       Engana-se quem acredita que esse consumismo está presente somente nas classes mais abastadas da sociedade. Segundo pesquisa do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) e da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Logistas), as classes C, D e E são as que mais compram sem necessidade, motivada por promoções. Isso significa que o consumismo também pode aumentar a desigualdade social já alta no país.            Logo, é necessário que o Ministério da Educação leve ao Congresso Nacional proposta de lei que obrigue a inserção de Educação Financeira na grade curricular do Ensino Médio de todas as escolas, bem como no EJA (Escola de Jovens e Adultos). O Ministério da Fazenda também pode se juntar ao da Educação, já que se a nossa sociedade continuar tão consumista, o nível de endividamento das famílias e o da desigualdade social aumentarão e esse painel não é nada bom para a economia, pois teríamos menos dinheiro em circulação. Sendo assim, a população necessita entender como deve ser sua relação com o dinheiro e o consumo, é preciso que entenda a necessidade de uma reserva e as várias possibilidades de investimento.