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Enviada em: 29/09/2017

Desejo e necessidade      Entre os efeitos decorrentes da urbanização brasileira intensificada em meados do século XX, o consumismo exacerbado ressalta-se. Ele é marcado pela forte presença em todas as classes sociais, embora de forma heterogênea. Nesse contexto, debates vêm ocorrendo a fim de identificar as causas do problema, destacando-se o papel das mídias de massa e a valorização da propriedade privada.     Com efeito, as mídias de massa exercem influência na sociedade civil para práticas consumistas, porquanto as mídias são controladas pelas classes elitistas e, segundo Karl Marx, as ideias dominantes provêm das classes dominantes. É possível citar, por exemplo, a ideia de felicidade associada à posse. Desse modo, os receptores assimilam a informação como realidade.      Outrossim, o consumismo também é uma consequência do capitalismo, modelo econômico aceito pela maioria dos países. Isso ocorre, sobretudo, através da instituição da propriedade privada como unidade fundamental do capitalismo e, dessa forma, a moral da sociedade civil pouco importa, pois pode ser "substituída" por bens materiais. Tal cenário resulta, segundo pesquisas recentes, na visão do consumismo como lazer e amenização do estresse cotidiano.    Destarte, urge a adoção de medidas a fim de mitigar as causas do cenário atual, que não é satisfatório. No âmbito federal, o Ministério da Comunicação deve, por meio de programas de vistorias e de identificação, estabelecer limites às propagandas e afins com o intuito de reduzir a influência das mídias. No âmbito civil, Organizações Não Governamentais devem, por meio de palestras e conferências, discutir sobre o ter e o ser com o intuito de amenizar o consumo desnecessário.