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Enviada em: 15/09/2017
O consumismo no Brasil está moldado, consideravelmente, em nossa cultura. Uma séria de consequências devem ser analisadas para confirmar tal fato. Questões como a falta de educação financeira, e o complexo de vira-lata e a cultura do prazer podem ser levados em consideração. O primeiro ponto a ser examinado, é falta de educação financeira enraizada em nossa cultura. Conforme corroborado pelo artigo "Uma visão financeira no Brasil atual", do economista Samuel de Abreu, que propõe uma relação entre uma cultura de consumo exacerbado, a qual prevalece a várias gerações, com a abstenção do ensino financeiro nas escolas, ocorrendo desta forma uma ordem de causa e efeito. Já o segundo ponto que pode ser levado em consideração, é o complexo de vira-lata, expressão originada pelo dramaturgo Nelson Rodrigues, e posteriormente usado como termo com cunho científico, podendo citar como explicação para o consumismo, o debate do ex-ministro de relações exteriores, Celso Amorim, o qual inferiu que uma parte da população brasileira prefere gastar mais por produtos importados, por considerar, algumas vezes erroneamente, melhores que os nacionais. Por fim, o terceiro ponto possível de análise, é o hedonismo intrínseco ao consumo. Confirmado por meio dos dados estatísticos fornecidos pelo Correio Braziliense, o qual informa que somente em 2010, de cada 10 pessoas, 7 compravam por puro prazer de realizar o ato comercial. Sendo assim, conclui uma relação concebível em procurar o prazer ao consumir exageradamente. Portanto, fazem-se necessários investimentos, pelo Ministério da Educação, em escolas, com a finalidade de criar turmas para aprendizado financeiro. Além de diálogos entre economistas e a população, a fim de aconselhar sobre os produtos vendidos e intensificar o comércio nacional. Enfim, o uso de propagandas, pelo Ministério da Cultura, em produtos convencionais, para apresentar aos usuários a real objetividade ao realizar o ato de comprar, de modo que, o consumo não seja mais um problema.