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Enviada em: 18/09/2017

A globalização não integrou apenas países e pessoas do mundo todo. Acompanhada do capitalismo, trouxe também muitos produtos importados, marcas com grandes nomes e uma diversidade que atende praticamente a todos os gostos. Como o sistema atual tem como principal objetivo o lucro, os bancos e lojas não perderam tempo para entregar nas mãos da sociedade cartões de crédito, objeto que para muitos, abre portas para realizar os famosos "sonhos de consumo". Porém, até que ponto consumir é algo necessário, e não feito por prazer, distração ou necessidade de se adequar à uma sociedade com padrões sociais?  Em primeiro lugar, vale lembrar da maneira com que as pessoas descobrem que determinado produto de desejo chegou ao mercado, anunciado sempre com "um preço imbatível". A mídia atinge uma massa enorme de pessoas, e a propaganda certa exibida em um horário estratégico, tem poder persuasivo sobre o público. A oferta de um produto desejado, junto à possibilidade de parcelamento, são pontos chave que levam ao ato de comprar, muitas vezes sem necessidade, evidenciando a inconsequência das pessoas, em gerar dívidas futuras.  Um outro problema é causado pelas redes sociais, que criam um padrão estético e social nos dias de hoje. O exibicionismo na internet parte por exemplo de artistas, como duplas sertanejas, cantores de funk ostentação, as famosas irmãs Kardashian. Essas pessoas de imagem pública, exercem grande influência sobre os milhões de seguidores que possuem nas redes, e padronizam objetos que em poucos dias, ou até poucas horas, se tornam muito procurados, o que eleva o preço e distancia mais ainda alguns de alcança-lo. Os grupos menos abastados, que não conseguem fazer parte de toda a padronização e participar desse consumismo acelerado, acabam sofrendo isolamento, fazendo parte dos excluídos sociais.  Portanto, medidas a curto prazo são necessárias para conscientizar sobre o consumo inconsequente e desnecessário. O governo deve incentivar órgãos como o DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) à fiscalizar a quantidade de marketing exibido nos comerciais de TV, e orientar a inserção de diálogos conscientizadores, discutindo sobre a importância de poupar. A mídia também tem papel fundamental nessa luta contra os gastos excessivos, podendo usar figuras públicas influenciadoras, e psicólogos, discutindo em rede nacional sobre a padronização social e suas consequências. Deixando claro principalmente para jovens e adultos, que já fazem parte da economia do país, e tem poder sobre seus gastos, que não é preciso ter algo para ser alguém.