No início da idade moderna, as trocas comerciais surgiram com a finalidade de suprir as necessidades humanas de alimentos, roupas e abrigos. Paradoxalmente, a revolução industrial instigou o consumismo na medida em que foram criados padrões de consumo. Nesse âmbito, a sociedade brasileira, em sua maioria, busca alcançar a felicidade gastando com supérfluos. Cabe analisar, em primeira instância, que todas as classes sociais brasileiras são consumistas. Segundo Horheimer a industria cultural, composta por camadas dominantes, utiliza a mídia como ferramenta para impor padrões de comportamento. Desse modo, os indivíduos buscando alcançar o sucesso individual, imposto por novelas, propagandas e revistas, tendem a consumir produtos e serviços mais caros sem necessidade. Consequentemente, o Ter se sobrepõe ao Ser e o vazio moral bem como as desigualdades sociais são acentuadas. Ainda na esteira desse raciocínio, a falta de um entendimento crítico sobre o assunto aliena diversos lares tupiniquins. Nesse sentido, muitos pais ainda não sabem distinguir consumo de consumismo e por isso gastam cada vez mais com seus filhos. De acordos com dados do Serviço de Proteção de Crédito ( SPC Brasil) um pouco mais de 30 % dos brasileiros de fato são conscientes. Sendo assim, tais dados denotam que danos ambientais, sociais e até compulsões são impulsionados por aqueles que não percebem a real dimensão de seus atos consumistas. É imprescindível, portanto, que a noção de felicidade pregada pelo consumismo seja combatida. Para tal é mister uma relação de mutualismo entre as Instituições de ensino e os pais. Aquela para regatar brincadeiras tradicionais ( rodas, histórias e músicas ) a fim de valorizar a criatividade das crianças em detrimento do consumismo. Essa para ensinar seus filhos a construírem um consumo consciente através do planejamento econômico familiar. Por fim, cabe a cada indivíduo optar por marcas que não agridam o meio ambiente bem como evitar o excesso de produtos desnecessários.