" Vivi-se o tempo da obsolescência instantânea ", assim observa o sociólogo Barman em suas obras. E essa análise de Bauman pode ser usada para explicar as origens dos hábitos de consumo dos brasileiros. Desse modo, averiguar sobre isso é não só importante, como vital. Os produtos são feitos para não durarem, isso para incentivar cada vez mais o consumismo. E essa obsolescência instantânea ( ou pseudo-obsolescência) gera angústias nas pessoas que acabam, por vezes, contraído dívidas acima de suas posses, isso para satisfazer necessidades subjetivas insaciáveis inoculadas pela publicidade que, quase sempre, associa o uso de objetos a prazer. Não à toa dados publicados no jornal " Folha de São Paulo", recentimente, apontam para um aumento no número de pessoas inadimplentes. Embora mostre também um esforço das pessoas em pagarem suas dívidas. Observa-se, ainda, que outra causa desse padrão de comportamento de consumo exarcerbado, pode ser a presença de distúrbios psíquicos, como o transtorno maníaco depressivo. Ademais, tais patologias, citadas anteriormente, têm sua origem, muitas vezes, no estilo de vida estressante da modernidade. Estudos divulgados há pouco tempo, na revista " Saúde " da editora abril, comprovam a associação de desordens psíquicas e compulsão por compras. Depreende-se, portanto, que o padrão de consumo no Brasil é danoso, em sua maioria, sendo, então, prudente algumas intervenções como forma de reduzir os danos. Para isso, é, pois, necessário que o Ministério da Saúde espanda a oferta de psiquiatras e psicólogos com o fito de tratar as pessoas que apresentam compulsão por compras. Ademais, às escolas precisam ensinar as crianças mecanismos de defesa contra a publicidade, ensinando-lhes, por exemplo, a não associar felicidade a consumo-aulas de sociologia ou fisiologia podem ajudar nesse intento. Só assim, conjuntamente, será possível arrefecer esse problema, bem como, seus desdobramentos de cunho social.