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Enviada em: 29/09/2017

Com o avanço do capitalismo, a sociedade brasileira passou a ver as compras como uma forma de lazer, de aliviar o estresse do cotidiano. Porém, esse hábito tem se tornado cada vez mais frequente, com as compras sem necessidade. Isso de deve à falta de educação financeira e padrões de consumo reforçados pela mídia.     Em primeiro lugar, é importante entender que a falta de educação financeira contribui para o endividamento do consumidor. As classes C, D e E são as de baixo poder aquisitivo, com isso elas não têm acesso a essa educação, e consequentemente são as que mais consomem sem necessidade, motivadas por promoções, e acabam gastando mais do que podem para satisfazer seus desejos. O endividamento dessas classes gera uma outra consequência: o aumento da desigualdade social. Como exemplo, pode-se perceber que as classes de alto poder aquisitivo, A e B, não possuem grandes endividamentos, pois elas têm acesso a educação financeira e realizam um planejamento de seus gastos.      Em segundo lugar, associada a essa questão educacional, tem-se a questão social, pois padrões de consumo são reforçados pela mídia. De acordo com Zygmunt Bauman, vive-se um período de crise nos valores éticos, pois a pessoa só adquire status pelos bens que ela possui. O que acaba provocando uma mudança nos valores sociais.     Portanto, para incentivar o consumo consciente na sociedade, as escolas poderiam incluir na sua grade curricular matérias relacionadas a educação financeira, a fim de conscientizar as pessoas a fazerem um planejamento e uso eficiente do seu rendimento. E a mídia poderia transmitir programas que reforcem a ideologia de status pelo que a pessoa é, e não pelo que ela possui, a fim de promover um equilíbrio nos valores sociais. Assim, pode-se mudar os hábitos de consumo no Brasil e combater de maneira eficiente esse problema.