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Enviada em: 02/10/2017

A questão do consumo teve origem na Revolução Industrial, pois a produção em massa através das máquinas e ascensão do capitalismo incentivaram a sociedade a consumir os produtos produzidos. Nesse contexto, o Brasil sofre as consequências desse período histórico. É inegável que atualmente o cidadão brasileiro não possui discernimento apropriado para o consumo consciente, problemática influenciada pela publicidade atrelada ao competição de estilo de vida digital ou não.       Segundo o Instituto Alana, 73% do consumo infantil ocorre com atuação da publicidade na televisão. Dessa forma, nota-se como os meios de comunicação são diretamente responsáveis por mais da metade do consumo dos menores de idade, pessoas menos conscientes da relevância dos produtos adquiridos. Logo, essa cultura é imposta desde o início da vida e forma adultos consumidores e inconscientes, alimentando a problemática.        De acordo com o sociólogo Zygmunt Bauman, em sua obra Modernidade líquida, ocorre na sociedade a competição por estilo de vida que pode acarretar em um alto preço psicológico. Essa realidade se faz presente no país, algumas músicas do gênero musical funk exaltam a ostentação, o poder e o dinheiro como algo que deve ser almejado pelos cidadãos. Sendo assim, ocorre a romantização do consumo, pois ele é realizado focado apenas na imagem transmitida como bom e prazeroso. Isto é, não há consciência da necessidade real daqueles itens consumidos, existe apenas o deleite de estar consumindo coisas semelhantes aos ostentadores midiáticos.                Portanto, medidas são necessárias para atenuar a problemática. Cabe ao Ministério Público autorizar o CONAR a instituir leis para propagandas infantis e realizar fiscalização. Assim, as crianças seriam menos influenciadas pelo consumo exacerbado. Ademais, é necessário que a conscientização popular sobre a necessidade de se consumir. Dessa forma, teríamos cidadãos conscientes dos hábitos de consumo no Brasil.