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Enviada em: 02/10/2017

O hábito de consumo está diretamente ligado à grande variedade de produtos que surgiu a partir do modelo de produção chamado de Toyotismo, onde esse modelo agregou valor e novas tecnologias às mercadorias industrializadas, incentivando assim ao consumo. No Brasil, os altos índices de inadimplência deixam evidente que o consumismo se tornou um problema social e precisa ser combatido com medidas preventivas e acima de tudo, com uma efetiva educação financeira.    Um dos principais agentes que contribuiu para o aumento do consumo descontrolado, está relacionado ao surgimento, quase que diário, de novas tecnologias e ao Ciclo de Obsolência Programada. Um exemplo disso são os Smartfones, que são lançados novos modelos periodicamente, mais avançados tecnologicamente e com valores altíssimos, porém com uma vida útil muito menor, gerando assim uma troca quase que anualmente desse produto.     Além disso, muitas pessoas ao completar 18 anos, fascinados com as opções de créditos que muitas lojas e financeiras proporcionam, acabam - em uma primeira compra - comprometendo praticamente 30% da sua renda, levando a uma desestabilidade financeira. Consequentemente, isso acaba contribuindo para que futuramente essa pessoa se torne mais um inadimplente, e venha a ser registrado nos órgãos de proteção ao crédito.    Segundo pesquisa feita pelo SPC, cerca de 57% das pessoas entrevistadas admitem que compram motivados por promoções, mas sem uma real necessidade, e 43% admitem que comprar é uma forma de reduzir o estresse. Isso se dá principalmente com o aumento dos e-commerce e a praticidade de fazer compras pela internet, sendo necessário unicamente de ter um cartão de crédito. O mais preocupante é que o consumismo já é tratado por muitos psicólogos e psiquiatras como uma doença, que muitas vezes pode trazer sérios problemas e até mesmo levar ao suicídio.     Diante desse problema social, é necessário que haja regras comerciais que incentivem ao consumo consciente, somado a isso, o Ministério da Educação deve desenvolver cartilhas para serem distribuídas nas escolas e também criar aulas temáticas de educação financeira. Além disso, é preciso que os órgãos de proteção ao crédito, crie propagandas para serem vinculadas nas redes de TV, ratificando a importância de ter uma vida financeira saudável, e o controle no consumo.