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Enviada em: 03/10/2017

Consumo, logo existo    Pesquisas divulgadas pelo SPC e CNDL evidenciam que o brasileiro associa o consumismo a uma fonte de prazer e, tal comportamento, é incentivado, principalmente, pela mídia. No entanto, o hábito de consumir engloba uma série de questões que vão além da economia e podem afetar integralmente um sujeito. Ele é um dos grandes vilões da contemporaneidade.    Desde cedo as crianças constatam que um objeto pode aliviar uma frustração, ou seja, se algo deu errado, aquele brinquedo tão almejado pode ser a solução, ou ao contrário; pode ser a premiação pelas boas notas. E assim acontece: se algo vai bem, uma compra por merecimento; se algo deu errado, uma compra para alegrar. Diariamente há um bombardeio de campanhas publicitárias para lembrar que você precisa de determinado produto e que será mais feliz com ele. É a sociedade do ter para ser. O consumo está arraigado à felicidade.    Os pequenos são as maiores vítimas da mídia porque ainda não são capazes de discernir o que é necessário para eles, bem como não compreendem que são um mercado consumidor visado pelas empresas. Entretanto não só as crianças são suscetíveis ao apelo publicitário, adultos também sentem dificuldade para resistir ao desejo de gastar ou para lidar com seu orçamento. Além disso, distúrbios relativos à compulsão por compras são cada vez mais frequentes nos dias atuais, o que consequentemente pode levar ao endividamento.    A sociedade carece de autocontrole, todavia para atingi-lo é preciso auxílio e amadurecimento. Adultos incapazes de lidar consigo mesmos não poderão contribuir na formação de indivíduos mais bem preparados para consumir de forma consciente. Um passo para essa conquista é a inserção da disciplina  de educação financeira, a qual aborde questões de economia e promova análises acerca do consumo. Além de englobar,desde a educação infantil, reflexões relacionadas à sociedade contemporânea.