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Enviada em: 09/10/2017

Bicicleta Caloi; chocolates garoto; celular de última geração; roupa da moda. Os objetos de consumo estão presentes no dia a dia desde a infância, permeando memórias afetivas e definindo padrões de comportamento. Comprar faz parte de nossa sociedade e não é necessariamente negativo. Entretanto, os brasileiros precisam aprender a consumir de forma sustentável, levando em conta os impactos socioambientais e sua saúde financeira.       O documentário "Criança, a alma do negócio" mostra como a mídia e as empresas vão moldando hábitos consumistas. Isto se dá não apenas com publicidade infantil, mas usando as crianças para influenciar os costumes da casa. Segundo o documentário, 80% das compras de uma família são influenciadas pelos filhos, criando um panorama difícil de ser transformado.       Isso acontece porque, na sociedade atual, o consumo se tornou um meio de interação social. Reportagem do jornal Estadão mostrou, por exemplo, que cerca de 40% dos frequentadores de shopping o consideram local de lazer, o que acaba levando gastos desnecessários. A compra por impulso pode impactar negativamente a situação econômica da família, levando a dívidas. Além disso, ela impacta o meio ambiente, pois aumenta o descarte de embalagens e de produtos que ainda estavam em condições de uso (e muitas vezes são tóxicos ao ambiente, como celulares).       Em suma, são os hábitos exagerados e insustentáveis e não o consumo em si que devem ser combatidos. Para tanto, o Governo deve usar a mídia para conscientizar os cidadãos, incentivando-os a comprarem por necessidade e não apenas por lazer. Além disso, escolas públicas e privadas devem trabalhar os impactos ambientais do consumo exagerado, formando desde a infância hábitos de compra mais saudáveis para a natureza e para a economia familiar.