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Enviada em: 09/10/2017

A compulsividade do consumo nas sociedades capitalistas torna-se objeto de estudo na medida em que explica questões econômicas e comportamentais de uma população. No Brasil, devido à forte influência publicitária e à facilidade ao acesso a linhas de crédito, observa-se cidadãos inconscientes e devedores. Dessa forma, a sociedade brasileira entra em um ciclo vicioso de compra, contribuindo para o abastecimento de grandes instituições e do próprio sistema capitalista.      Durante o Milagre Econômico nos anos 1960 e 1970, a possibilidade de aquisições de bens materiais foi fortemente incentivada pelo Estado. Diante disso, observa-se a imposição de uma cultura de consumo exagerado que, visando o lucro das grandes empresas, fetichiza a mercadoria e associa valores a essa, como proposto pelo sociólogo Karl Marx. Dessa forma, em busca da persistência do sistema, o capitalismo aliena progressivamente os indivíduos.       Além disso, à vista do processo de democratização do acesso à moeda na última década, percebe-se o impulso do consumo em larga escala na medida que ele engloba diversos níveis sociais. Por conseguinte, a ausência de uma educação econômica colabora para o estado de endividamento de muitos brasileiros.    Portanto, faz-se necessária uma reforma estrutural nos hábitos de consumos atuais da sociedade brasileira, a fim de consolidar-se uma população consciente dos seus gastos. Para tal, a trindade Estado, Poder Legislativo e órgãos de defesa do consumidor devem elaborar medidas de regulamentação publicitária, em busca de uma menor alienação do consumidor. Além disso, o Ministério da Educação deve oferecer palestras em dias letivos sobre a temática "consumo consciente", com o objetivo de conscientizar jovens de todas as classes sociais sobre a importância da moderação na compra.