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Enviada em: 11/10/2017

Em seu texto "O império do consumo", Eduardo Galeano retrata os indivíduos na sociedade atual como consumidores em massa fortemente influenciados pela publicidade, que, afirma o autor, conseguiu aquilo que o esperanto quis e não pôde. No Brasil, essa cultura é uma realidade: a influência da mídia e a importância do status social contribuem constantemente para o aumento consumo desenfreado.       De acordo com o conceito Frankfurtiano "indústria cultural", desenvolvido pelos filósofos Adorno e Horkheimer, os meios de comunicação disseminam padrões de cultura a serem seguidos através da intensa propaganda. Dessa maneira, a mídia torna-se um instrumento de manipulação da população, convencendo-a a gastar cada vez mais, tornando contínuo o vício consumista.       Como consequência, os valores típicos da sociedade atual baseiam-se em uma cultura do "ter", que define o valor social dos indivíduos com base em seu poder aquisitivo e os produtos que consomem. Em vista disso, as pessoas aumentam progressivamente o consumo desnecessário de produtos, a fim de obter maior valorização no meio social.       É importante ressaltar, também, a participação da indústria cultural no que diz respeito ao consumo infantil. As grandes redes de fast food, por exemplo: trazendo a ilusão de uma comida rápida e deliciosa, acompanhada de brinquedos como brinde, conquistam o paladar das crianças e contribuem incisivamente para o aumento nos índices da obesidade infantil.       Desse modo, é necessária a tomada de medidas para resolver o problema. É imprescindível o estímulo ao pensamento crítico através da educação: isso deve ser feito com palestras nas escolas e propagandas midiáticas financiadas pelo governo, para que se consiga controlar os hábitos de consumo. É importante, também, a normatização da propaganda do fast food voltada ao público infantil, de maneira a reduzir o consumo exagerado desses produtos, protegendo a saúde das crianças.