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Enviada em: 13/10/2017

Sabe-se que uma sociedade capaz de controlar os hábitos de consumo consegue não só garantir o bem-estar financeiro, mas também a saúde psicológica dos seus membros. No entanto, nota-se que a população brasileira tem consumido além da sua capacidade orçamentária por conta da facilidade em adquirir crédito, bem como pela necessidade social de demostrar o seu sucesso econômico. Nesse contexto, convém analisar os riscos dessa problemática, em busca de uma relação sustentável entre consumidor e produto.    Em uma primeira abordagem, cabe pontuar os esfeitos do uso desmedido de cheques e cartões de crédito. Esses serviços do capitalismo contemporâneo deram poder inigualável de consumo à população. Entretanto, foram os principais responsáveis pelo endividamento de uma sociedade que não recebeu orientações adequadas, durante a fase escolar, para consumir com responsabilidade. Dessa forma, nota-se que há uma necessidade primária em educar a população brasileira, desde cedo, a consumir de maneira inteligente.       Além disso, é essencial destacar os impactos à saúde promovidos pelo consumo exibicionista do tecido social brasileiro. Segundo economistas consultados pelo jornal O Globo, a maior parcela da população brasileira já passou por dificuldades econômicas por tentar manter níveis de vida incompatíveis com a sua realidade. Assim, problemas como depressão, estresse, insonia e arritmias cardíacas passam a perturbar a qualidade de vida dos que recebem telefonemas, emails e torpedos de cobrança diariamente.       Fica claro, portanto, que os hábitos de consumo no Brasil são irregulares e precisam ser melhorados. Sendo assim, é dever do Governo Federal sancionar uma lei que vise incluir à grade escolar o ensino de educação financeira aos estudantes do ensino fundamental, para que crianças e adolescentes aprendam precocemente a gerenciar gastos e despesas. Essa medida pode ser impulsionada através da pressão exercida por ONGs educacionais aos representantes do setor legislativo e executivo. Desse modo, a sociedade será capaz de atenuar os impactos originados pelas conjunturas abordadas.