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Enviada em: 14/10/2017

No que se refere aos hábitos de consumo no Brasil, podemos afirmar que houve uma agregação de valores ao ato de comprar. Isso se evidencia pelo aumento do consumo de produtos supérfluos, associado à presença do consumismo em faixas etárias cada vez menores. Analisando os itens representativos do sonho de consumo de brasileiros, percebemos que a motivação por sua aquisição nem sempre se relaciona apenas com sua função. Buscamos sensações de completude e experienciar tudo aquilo que as propagandas instalam no consciente coletivo da sociedade. Por isso, queremos eletrônicos de ultima geração, carro do ano, roupas de marcas famosas. Conta-se que certa vez, o filosofo Sócrates, foi questionado sobre o motivo de passear pelo grande comércio em Atenas. Ele afirmou que observava tudo aquilo que não precisava para ser feliz. E nós, conseguimos ver que não precisamos de coisas para sermos felizes? A associação entre a felicidade e o ato de possuir atinge até as crianças. Frequentemente elas são bombardeadas por mensagens que estimulam o consumismo. São inúmeros os veículos utilizados para este fim: televisão, panfletos, embalagens coloridas. Aliados à isto, pais ausentes compensam e substituem a falta de afeto e carinho por presentes caros com os personagens preferidos de seus filhos. E assim o grande ensinamento perpetuado entre as gerações é a personificação das coisas e coisificação de pessoas. Desse modo, faz-se imprescindível refletir sobre nossas atitudes e adotar práticas de consumo consciente. Com esse propósito, cabe ao ministério da educação estimular o pensamento crítico por meio de ações educativas, apresentando este modo de vida que busca consumir o necessário sem exageros. Finalmente, convém ressaltar que somos os principais responsáveis pela dissolução da cultura consumista dentro de nossos lares e comunidade. Assim seremos capazes de realizar um passeio socrático, sem esperar que o exterior complete o que nasce dentro de nós.