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Enviada em: 18/10/2017

O sociólogo Zygmunt Bauman defende na obra "Modernidade Líquida" que o individualismo é uma das principais características da pós modernidade. O consumismo exacerbado no Brasil é um problema, posto que se relaciona com dois fatos fortemente atuais: o pouco cuidado com o desenvolvimento sustentável e a desigualdade social.     Segundo dados da organização não governamental WWF, a pegada ecológica brasileira é de 2,9 hectares globais por habitante. Esse dado corrobora o individualismo citado pelo sociólogo, na medida em que a preocupação com o meio ambiente fica aquém da satisfação e do prazer pessoal. Comprova-se isso observando os hábitos de consumo da população, que consiste, em sua maioria, na compra de objetos feitos por materiais não recicláveis, bem como na utilização de produtos oriundos de fontes naturais não renováveis.     A desigualdade social é outro fator que deve ser colocado em pauta, visto que há uma necessidade por parte das classes mais baixas, de se equiparem às mais altas por meio da obtenção de bens materiais. Em uma sociedade a qual o homem é valorizado por aquilo que possui, o gasto com produtos supérfluos torna-se necessário, principalmente pelas classes menos favorecidas, para possuírem um status social significante.      Desse modo, medidas administrativas que tenham como protagonistas a tríade Estado, sociedade e educação, são necessárias para que o consumo no Brasil não seja reflexo de uma sociedade problemática, nem a causa de desastres ambientais. Por parte do Estado cabe a regulamentação de leis que permitam uma porcentagem mínima de materiais não recicláveis na produção industrial, punindo com multas aquela que não cumprir tal lei. Aliado à isso, os indivíduos devem procurar obter mais informações sobre os produtos que estão adquirindo, e analisar se é realmente necessário comprá-los. Por fim, as escolas colaborarão com o consumo consciente, se implantarem aulas que tenham um viés crítico sobre os hábitos de consumo brasileiro.