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Enviada em: 19/10/2017

Muito se tem discutido acerca do consumismo no Brasil. Este, por sua vez, é intensificado pela criação de itens por companhias públicas e privadas, que se tornam não-funcionais com o passar do tempo. Vale ressaltar que na sociedade existem hábitos de consumo que são padronizados como entretenimento e prestígio. Em última análise, o acúmulo de riquezas contribui para a desigualdade social, já que a classe média baixa deseja ter o que a classe média alta possui, caracterizando um retrocesso social a ser combatido.       Com a industrialização iniciada por Getúlio Vargas no Brasil, mais produtos passaram a ter data de validade, o que define a obsolescência programada. Tal fenômeno foi criado com o objetivo de estimular o cliente a comprar a nova geração de uma mercadoria e gerar lucro para as empresas. Além disso, há um padrão pré-estabelecido pela sociedade e propagado principalmente pelas mídias, que relacionam os hábitos de consumo como sinônimo de poder e ostentação. Em síntese, o fato de o produto tornar-se obsoleto somado aos esteriótipos existentes a respeito do consumismo, estimulam o endividamento do cidadão.      Outro motivo que intensifica a aquisição de produtos é a busca pelo lazer, com a finalidade de reduzir o estresse. No entanto, segundo o filósofo Nietzsche, o prazer é conquistado somente com a valorização dos aspectos dionisíacos, ou seja, quando o "ser" é enaltecido em detrimento do "ter". Em linhas gerais, os consumidores devem ser conscientes, o que significa comprar sem exagero, caso contrário, poderá acarretar em problemas como descontrole emocional e ansiedade.        De acordo com Newton, um corpo tende a permanecer em seu estado até que uma força atue sobre ele. Desse modo, a aplicação de força suficiente contra o consumo excessivo é imprescindível e um caminho para combatê-lo. Convém ponderar a importância da divulgação intensa de propagandas por veículos de comunicação que mostrem como desapegar dos bens materiais. Ademais, deve ser exposto em palestras em escolas e universidades, subsidiadas pelo Ministério da Educação, os riscos e doenças que o consumo demasiado pode ocasionar, contradizendo o argumento de que a felicidade só é encontrada no ato da compra. Dessa forma será viável estabelecer um equilíbrio na vida do cidadão brasileiro.