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Enviada em: 28/10/2017

O recorrente hábito de consumo no Brasil possui raízes profundas na teoria de Marx, na qual afirma que o consumismo é uma consequência da expressão 'o trabalho dignifica o homem'. Todavia, na atual conjuntura social a mídia exerce uma intensa influência na sociedade, alienando-a e culminando o desejo às compras. Assim, o  indivíduo está mais suscetível a alcança o ápice da ascensão social.    Lamentavelmente, a população é bombardeada por propagandas apelativas que possuem o mero intuito de expandir a venda de seus produtos.Esse infortúnio, presente nas sociedades alienadas, acarreta o desejo de consumir no cidadão mostrando o quão correto estava Schopenhauer.O filósofo alemão prova em sua teoria que a vontade é a essência do ser humano, sendo o fenômeno movedor do mundo, desconstruindo o paradigma de que somos seres racionais.Por conseguinte, há uma maior probabilidade do indivíduo desenvolver um transtorno obsessivo-compulsivo oriundo do prazer por compras excessivas.    Outro aspecto de suma relevância sobre os hábitos de consumo é o desejo de ascensão social  encontrada nas relações humanas. Com o objetivo de adesão social, os indivíduos compram aparelhos eletrônicos, vestimentos e acessórios que estão vinculados à status e poder. Logo, Foucault esta correto ao afirmar que, as pessoas adestram o seu jeito de ser, comportando-se e aderindo à práticas a fim de ser aceito em um grupo. Como consequência, eles perdem sua identidade por medo do julgamento social.    O CONAR precisa, portanto, promover uma análise ainda mais criteriosa dos anúncios publicitários dirigidos à população, com a finalidade de verificar as técnicas de indução utilizadas.No âmbito familiar, é interessante que os pais proporcionem aos filhos uma educação relacionada à criticidade, para que desde a adolescência eles consigam distinguir a intenção dos órgãos publicitários.