Materiais:
Enviada em: 14/03/2018

Ganância       É inegável que a sociedade em que vivemos tem seus ideais fundamentados no consumismo, entretanto até onde comprar? Atualmente, estratégias de compras como empréstimos, cartão de crédito, a mídia, contribuem para compras impulsivas dos brasileiros; e alta produção necessária suprir as "necessidades" da população, podem acarretar em diversos problemas, tanto econômicos como ambientais.   Estudos feitos pela SPC e CNPL indicam que somente 3 em cada 10 brasileiros são consumidores conscientes. Um dos mecanismos para influenciar o consumo é a mídia, exibindo padrões e divulgando propagandas de descontos "imperdíveis", as quais é o bastante para encorajar classes com poder aquisitivo mais baixo a fazerem um esforço e consumir o produto de quaisquer maneira. Uma das soluções é o cartão de crédito, o qual permite controlar o quanto de dinheiro podemos gastar além do que realmente temos, isso geram dívidas e juros, que a população pensa em abater com salários futuros, os quais podem muitas vezes sofrer mudanças com a economia em crise, intensificando a mesma.   Por outro lado, o consumo elevado também resulta em um vasto acúmulo de lixo, muitas vezes despejado na natureza causando danos dificilmente reversíveis, um exemplo disso é o Rio Tietê no Estado de São Paulo, que serviu como saída de esgoto em diversos pontos de sua extensão. Todavia, o meio ambiente não é prejudicado somente pelo consumo, mas também pela elevada produção que atende esse consumo. A indústria têxtil de couro de animais no Brasil já danificou diversas espécies alterando todo um ciclo biológico em diversas regiões do país, outro exemplo a se citar é o das indústrias madeireiras e agrícolas, responsáveis por um devastamento florestal enorme pelo país.   Dado o exposto, conclui-se que o consumismo deve existir, o singelo ato de comprar uma água se enquadra na ideia de consumir, contudo tal consumo deve ser equilibrado e sem muita ganância, portanto o Estado deve conduzir políticas de restrição ao crédito nos bancos nacionais, para que os consumidores não abusem do cartão de crédito; deve também propor medidas fiscalizadoras nas indústrias para que essas causem um impacto reduzido no meio ambiente. Tais ações em adição a propagandas de conscientização através da mídia e escolas, de um consumo mais saudável, com o tempo resultará em uma população que saberá a hora de gastar ou não, afinal, preços "imperdíveis" sempre irão existir.