Materiais:
Enviada em: 20/03/2018

Segundo Karl Marx, sociólogo inglês, as transformações ao longo da história ocorreram quando as contradições do funcionamento da sociedade tornavam-se insustentáveis.Partindo desse viés, o hábito de consumo desenfreado no Brasil, seja pela influência da mídia, seja pela relevância no status social corroboram para as contradições no desenvolvimento da sociedade, haja vista suas graves consequências ambientais e fragilidade aquisitiva dos indivíduos.Nesse contexto, deve-se discutir as vertentes que englobam tal problemática.          Em uma primeira análise, deve-se considerar que a influência dos meios midiáticos tem papel preponderante no consumo desequilibrado da sociedade brasileira.Nesse contexto, de acordo com o sociólogo Émile Durkheim, "o fato social" é uma ação coercitiva à população, em que o indivíduo é determinado pelo meio em que vive.Nessa perspectiva, uma parcela da população incipiente sem uma reflexão crítica do meio social em que vive, tem sua liberdade de pensamento limitada pela ação de esteriótipos criados pela "Industria Cultural", a exemplo, o modo de se vestir para ser aceito socialmente, repercutindo em padrões cada vez mais consumistas.Em decorrência disso, uma parte da sociedade sem um poder aquisitivo resiliente, busca por meio de créditos e financiamentos sanar essa "falsa necessidade" de comprar produtos novos, corroborando para o aparecimento de dívidas e do descontrole de suas rendas.          Em um segundo plano, é valido ressaltar que o novo "fato social" em questão, contribui para um desequilíbrio ambiental no Brasil.Nesse viés,  o aumento excessivo do habito de consumo, impulsionou cada vez mais a extração de matéria prima, tendo em vista que através da consumação maior de produtos, intensifica-se a aceleração da obsolência desses, resultando na maior necessidade de recursos naturais para a fabricação, bem como proporciona uma quantidade de lixo que voltará como produto nocivo ao planeta Terra.Assim, fica evidente uma relação de proporcionalidade entre o consumo e a degradação ambiental     É imperativo, portanto, uma sinergia entre o Estado e a população para resolver o impasse em pauta.Assim, cabe ao Ministério da Educação  estimular o pensamento crítico na sociedade por meio de palestras nas escolas e propagandas em telejornais, evitando a entrada da população no mundo consumista sem um senso consciente pré-formado.Concomitantemente, cabe ao estado, juntamente com a CONAR (autorregulação publicitária),fiscalizar e punir empresas que induz de forma excessiva um ideal de prestigio social por traz de um produto, assim como incentivar hábitos reutilizáveis, a exemplo,frequentar briques, sebos, brechós ( espaços de venda e trocas de produtos usados ).