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Enviada em: 20/03/2018

Foi durante o período pós-guerra no século XX, sob a óptica do "American Way of Life" -estilo de vida americano- que os EUA consolidou-se como potencia mundial, exaltando uma nação em que as famílias alcançavam a felicidade por meio do consumo de produtos industrializados. Partindo desse pressuposto, os hábitos de consumo no Brasil, evidentemente exagerados, revelam-se como as contradições mais perversas de uma sociedade em desenvolvimento, que necessita de transformações. Nesse sentido, convém analisar as vertentes que englobam tal problemática.              Em uma primeira abordagem, é indubitável que a manutenção e a intensificação do consumo por parte da população, estão intimamente relacionados a ação coercitiva dos meio midiáticos. Nesse viés, quando Nietzsche, filósofo alemão, afirmava que "nunca é alto o preço a pagar pelo privilégio de pertencer a si mesmo", parece prever a realidade de uma sociedade em que órgãos de comunicação tendem a persuadir o tempo todo, fazendo o uso de propagandas cada vez mais elaboradas, criando novas (e falsas) necessidades, favorecendo, assim, uma massa consumidora que tende a reproduzir tais valores. Soma-se a isso, o papel social que algumas marcas famosas, a exemplo "Nike" e "Adidas" exercem, as quais relacionam-se diretamente com o "status" do indivíduo, bem como são um meio para que os mesmos, sejam aceitos em determinado grupo.            Outrossim, vale ressaltar também que, paralelamente, ao consumismo exacerbado da população, à extração de matéria prima e, consequentemente, impactos ambientais. Dessa maneira, desde os processos denominados "Revoluções Industriais" e a ascensão do capitalismo, as indústrias vêm, demasiadamente, priorizando produtos e mercadorias em detrimento da sustentabilidade dos recursos naturais. Isso pode ser evidenciado, na venda de aparatos tecnológicos -sob o âmbito de obsolescência programada- em que os mesmos, só funcionam por um determinado período, sendo descartados posteriormente pelos indivíduos, obrigando-os a adquirirem novos produtos e, dessa maneira, à mais produção por parte das indústrias. Nesse contexto, deduz-se que tal ordem cíclica de compra e descarte provocam abalos no meio ambiente.        Para que se reverta esse cenário problemático portanto, faz-se necessária a atuação Governamental, por intermédio do Conselho Nacional de Autorregulação Publicitária, fiscalizando e punindo as empresas que realizam a propaganda massiva, bem como exigindo que evidenciem nas embalagens de seus produtos a matéria prima utilizada. Ademais, fica a cargo do Ministério da Educação implementar na base curricular do Ensino Médio, por meio de diálogos e debates, o tema consumo e desperdício, para que os mesmo possam influenciar positivamente no seu meio familiar.