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Enviada em: 15/04/2018

O princípio parmênico  Pós crise de 1929, o EUA interviu na sua econômia através do que se conhece por Keynesianismo, modelo estatal que foi responsável por criar o conhecido lema "Estilo de vida americano", tornando o consumo caracteristica fundamental do país. Analogamente, quando se observa os hábitos de consumo no Brasil, verifica-se que o estilo de vida norte-americano passou a ser encontrado por aqui. Desse modo, a problemática persiste ligada a realidade do país, sendo necessário entender os mecanismos capitalistas utilizados para esse fim, bem como os principais efeitos de um consumo exacerbado.   A principío, é sabido que com a mecanização do sistema de produção, o estimulo ao consumo passou a ser um fator preponderante para a manutenção do sistema capitalista. De acordo com Karl Marx, para que esse incentivo ocorresse, criou-se um fetiche sobre a mercadoria, construindo a ilusão de que a felicidade só será alcançada a partir da compra. Desse modo, cotidianamente a sociedade é bombardeada por propagandas cada vez mais incisivas, que ao retratarem famílias unidas e grupo de jovens em plena felicidade, criam em crianças e adultos a concepção de que precisam possuir determinado produto, mesmo que esse, na grande maioria das vezes, não seja necessário.   Consecutivamente, a população brasileira passa a consumir em demasia, gerando problemas que vão além do gasto excessivo e que se relacionam a questões ambientais. Assim sendo, segundo o geógrafo Milton Santos, por trás do mito de um capitalismo que deu certo, existe, na realidade, um mundo caótico, onde a sociedade hipercapitalista desencadeou inúmeros e graves problemas. Tais impasses se relacionam ao consumo, uma vez que quando se compra um novo produto dito mais avançado e tecnológico que o anteror, descarta-se o primeiro, o que por consequência gera um aumento excessivo do lixo. A exemplo disso, tem-se o enorme crescimento de resíduos nos últimos anos, que chegou em 30%, cerca de 5 vezes a mais do que o crescimento populacional no mesmo período.  Torna-se evidente, portanto, que similar aos ideais do filósofo Parmênides - que crê no principio de que nada no universo muda- o consumo exacerbado no Brasil permanece imutável, necessitando de uma intervenção afim de mudar esse paradigma. Sob essa perspectiva, a CONAR deverá avaliar de forma mais rígida as propagandas, banindo e evitando que campanhas incisivas sejam veinculadas, de forma a diminuir esse "ideal de consumo" até então propagado. Similarmente, o Governo, em cossonância com o Ministério da Educação, deverão promover palestras, com o auxílio de profissonais da área, e campanhas governamentais, que alertem sobre os efeitos de um consumo exagerado além de dar dicas de como evitar as compras em demasia e avaliar o que é realmente necessário a ser adquirido.