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Enviada em: 09/04/2018

Sob a égide histórica, embora certos hábitos de custos tenham sido fundamentais à construção da vida em sociedade, circunstâncias temporais e específicas mostram-se capazes de destruí-los. Isso é perceptível na trajetória de disseminação do estilo de vida americano, em meados do século XX, o que deu início a uma sociedade de consumo, sobretudo, global. Em contrapartida, nos tempos hodiernos, atitudes negativas relacionadas aos hábitos consumistas, ainda são perpetuadas no Brasil, sendo válido analisar os efeitos dessa problemática.      É primordial elencar, inicialmente, que a função manipuladora da mídia, aliada ao capitalismo, impulsiona a manutenção do problema. Quando o filósofo John Locke afirma a mente metaforicamente como uma tábua rasa, a qual se somam impressões e experiências, explica a construção de comportamentos e atitudes humanas. Nesse sentido, espetáculos midiáticos, como as novelas, são extremamente capazes de constituir ferramentas nas quais desenvolvem esse processo de persuasão ao capitalismo, muitas vezes negativa, retratando o consumismo de forma que exceda as necessidades e conduzindo, dessa forma, a coletividade a princípios os quais deturpam convicções sustentáveis fundamentais, tristemente. Com efeito, é possível afirmar que o sistema econômico vigente além de acometer a simetria social e ambiental, legitima a perpetuação dos hábitos consumistas.      De outra parte, é válido salientar que a ausência de concepções sustentáveis, por parte de indústrias e sociedade civil, é a principal responsável pelo hodierno desequilíbrio da natureza e o caos consumista. Tal questão pode ser ratificada pela omissão, por parte da coletividade, da proporcionalidade direta entre consumo e degradação ambiental.  Sob esse ângulo, cabe pontuar, inclusive, que não só a geração de lixo exacerbado, mas também o descarte inadequado, são um dos reflexos desastrosos do consumo inconsciente, sendo assim, pode-se ratificar que as consequências dessas ações são facilmente tangíveis ao longo da biosfera.     Impende, pois, a adoção de medidas que visem amenizar tais hábitos. Portanto, ONGs voltadas à defesa de práticas sustentáveis e consumismo lúcido, em conjunto ao Ministério do Meio Ambiente, devem elaborar projetos sociais, por meio de palestras públicas em escolas e comunidades, que objetive a explanação social acerca do agravamento dos desastres ecológicos, além de, debates acerca do consumismo exacerbado. Somado a isso, Instituições de Ensino devem promover aulas de Geografia e Sociologia que enfatizem os consumismos exacerbados, incentivados por instrumentos midiáticos, atrelados ao caos ambientalista, por meio de produções culturais, de maneira que articule, assim, uma educação sustentável efetiva, que vise novas concepções na sociedade civil.