Consumismo: um gigante interior a ser vencido. A Declaração Universal dos Direitos Humanos - promulgada em 1948 pela Organização das Nações Unidas - prevê que todo ser humano é livre. Muitos, infelizmente, usufruem da liberdade sem sabedoria, como no caso dos consumistas, que cerceiam seu orçamento por fazerem aquisições sem necessidade. Cabe ao Estado, juntamente com as autoridades responsáveis, conscientizar a população, a fim de extinguir o problema. Em primeiro plano, é relevante notar que a prática do consumo e a do consumismo são distintas. A primeira é necessária, saudável e movimenta a economia. A segunda funciona como gatilho que gera, momentaneamente, uma sensação de bem-estar. São consumidores que precisam de ajuda psicológica e financeira, e que por não estarem lidando de forma franca com suas emoções, acabam consumindo desenfreadamente. De outra parte, um levantamento feito em 2017, do Serviço de Proteção ao Crédito e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas revelou que pouco mais de quarenta por cento dos entrevistados das classes A e B admitem que comprar é uma forma de reduzir o estresse. Outro estudo, realizado pelas mesmas instituições e no mesmo ano, verificou que as classes C, D e E são as que mais compram sem necessidade, motivadas por promoções. Essas são informações relevantes que mapearam em quais classes está o problema e um pouco de sua causa. Urge, portanto, para que o gigante interior do consumismo, que habita inúmeros brasileiros, seja derrotado, que políticas públicas emerjam. Para tanto, o Estado, em parceria com a Agência Nacional de Desenvolvimento Econômico Social e Defesa Ambiental - ANDESA - deve promover oficinas que auxiliem as famílias à desenvolverem seu orçamento, e aos que não conseguirem se ajustar, mesmo após este auxílio, deve ser fornecida a ajuda de psicólogos. Com estas medidas, certamente os brasileiros viverão a liberdade de forma mais plena.