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Enviada em: 09/04/2018

O ''American Way of Life", que em tradução livre significa "Estilo de Vida Americano", foi uma filosofia nacionalista elaborada nos Estados Unidos que procurava enaltecer o modo de produção capitalista e todos seus processos subsequentes, destacando o fácil acesso a bens de consumo que os cidadãos norte-americanos possuíam. Hodiernamente, no Brasil, se observa que os hábitos inconsequentes de consumo estão intrinsecamente ligados a tal filosofia. Depreende-se, portanto, que o consumismo brasileiro deriva da noção de prazer relacionado ao ato de comprar e da inexistência de uma educação financeira prévia.    Em primeira análise, nota-se que a ausência de uma alfabetização financeira possibilita a continuidade da problemática. Nesse sentido, muitos brasileiros, embasados na máxima "se eu quero, eu posso", compram utensílios desnecessários em seu cotidiano e acabam por comprometer seu orçamento. O Indicador de Consumo Consciente (ICC), divulgado pela última vez em  2015, corrobora a atual conjuntura quando afirma que pelo menos 60% dos brasileiros já adquiriu algo de que não precisava.    Em segundo plano, também pode-se destacar que o prazer atribuído ao ato do consumo contribui expressivamente para a manutenção do quadro. Nesse aspecto, a sociedade civil brasileira, convencida pela mídia de que o gasto em bens materiais supérfluos trará a felicidade, obtém, na maioria das vezes, objetos que são dispensáveis.    Evidencia-se, pois, a importância de se elaborar medidas que mitiguem a mazela social que é o consumismo. Para tanto, cumpre às instituições de ensino básico inserir, através de sanções do Ministério da Educação e Cultura, uma disciplina que estimule as crianças e os jovens do país a terem uma vida de consumo comedida, ensinando-os a adquirir somente aquilo que for imprescindível no seu dia a dia.