Materiais:
Enviada em: 02/04/2018

Após a Revolução Industrial um produto que era comercializado apenas na cidade de fabricação passou a ser transportado para outras áreas do país, por meio de navios, trens, e essa venda em massa criou o consumidor, aquele que compra não só por necessidade, mas também por prazer, por ostentação, ou seja, que compra também do que não precisa. Em decorrência dessa fase e das facilidades que ela trouxe o Brasil é hoje um dos países mais materialistas do mundo.  De acordo com um estudo do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), as pessoas classificam o ato de comprar como um lazer, o que mostra que o consumo saiu do nível primário de necessidade para um nível relacionado ao bem estar do indivíduo. Entrevistados da classe A e B admitem que comprar é uma forma de reduzir o estresse do cotidiano e estudos mostram que as classes C e D são as que mais compram sem precisão.  O consumo desenfreado não atinge apenas os adultos, mas também as crianças que são facilmente influenciadas por propagandas de TV, personagens famosos, embalagens chamativas etc, que desde muito cedo aprendem a consumir de forma imprudente, e desenvolvem critérios e valores distorcidos na hora de comprar.  Torna-se claro, portanto, que após o período histórico citado no primeiro parágrafo ramificamos os motivos de compras e esse consumismo atinge todas as classes sociais, principalmente crianças que são influenciadas com mais facilidade e estão sendo moldadas para um consumismo desenfreado. Empresas privadas, ONGs e programas de TV poderiam desenvolver cursos gratuitos para falar sobre este tema, dando ênfase para quando ele se torna prejudicial. Cabe às famílias incentivar a criança a ter um consumo consciente, a ajudando a desenvolver senso crítico e aprender a avaliar a necessidade daquilo que ela quer adquirir.