Materiais:
Enviada em: 05/04/2018

O consumo consciente leva em consideração os impactos no meio ambiente, na saúde mental dos cidadãos e nas finanças tanto pessoais quanto da sociedade. Nesse sentido, no ato da compra, o costume dos brasileiros diverge de tal pática consumista adequada. Isso ilustra a ação financeira inconsciente no Brasil devido, sobretudo, à falta de responsabilidade socioambiental das empresas e à falta de percepção da população a respeito dessa problemática.      É importante ressaltar, primeiramente, que quando Theodor Adorno e Max Horkheimer enunciam a submissão dos indivíduos a padrões de consumo efetivados por companhias as quais visam somente ao lucro, chamadas de industria cultural, evidencia-se a subestimação da questão da sustentabilidade financeira. No Brasil, as empresas, por exemplo, consomem mais recursos naturais que a capacidade de renovação da Terra. Nessa direção, o pensamento sustentável só é aderido caso a lucratividade das entidades de comércio não for afetada. Dessa maneira, a escassez de responsabilidade socioambiental compromete o desenvolvimento do consumo consciente nos brasileiros, já que eles são sempre orientados a comprar.      Ademais, segundo Karl Marx, o capitalismo "coisifica" as relações humanas, elevando-as ao patamar de mercadorias, o que demonstra a ineficiência de apreensão dos brasileiros a respeito dos impactos ocasionados pela compra, na medida em que, nessa perspectiva, não importa as consequências do consumo inconsciente. Dessa forma, as pessoas obtêm produtos sem analisar seu orçamento antes, preferem gastar mais dinheiro a reciclar ou reutilizar produtos, priorizam marcas à qualidade das mercadorias , aderem a créditos especiais e ficam inadimplentes.        Fica claro, então, que o hábito de consumo na sociedade brasileira é ineficiente para gerar equilíbrio da satisfação pessoal com sustentabilidade. A fim de estimular o consumo adequado, o Ministério do Meio Ambiente deve subsidiar as empresas instaladas no Brasil por meio da criação de programas fomentadores de atividades socioambientais, porque, assim, tal prática serve de exemplo para toda população aderir também à educação financeira. Outrossim, a tendência é transformar a cultura inconsciente do consumo no Brasil.