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Enviada em: 02/04/2018

Dados de pesquisa recente indicam que apenas três em cada dez brasileiros são consumidores conscientes. De fato, esses números revelam um perfil consumista, o qual está presente em todas as classes sociais do país. Embora seja uma consequência da sociedade capitalista que, segundo Karl Marx, supervaloriza o bem material, há maneiras possíveis de se modificar tal hábito de consumo. Nesse sentido, a educação financeira nas escolas e a reflexão do próprio indivíduo antes da compra são estratégias plausíveis para frear o consumismo. Segundo Paulo Freire, a sociedade não se transforma sem educação. Logo, a implementação de uma educação financeira nas escolas tem o potencial de contribuir para a redução do consumismo no Brasil. Desse modo, crianças e adolescentes terão maiores possibilidades de serem adultos com um padrão de consumo consciente. Portanto, o Ministério da Educação, junto às secretarias regionais de ensino, deveriam fomentar essa estratégia educacional, seja por meio de uma disciplina, seja por projetos interdisciplinares. Outrossim, é fundamental que o próprio indivíduo pense sobre suas motivações e necessidades antes de cada compra. Com efeito, o brasileiro deve refletir se o bem que ele realmente almeja para si está centrado na aquisição de bens materiais. Nesse sentido, o princípio Aristotélico, no qual a finalidade das ações humanas é o bem em forma de felicidade, pode contribuir para esse processo de reflexão.  Torna-se evidente, portanto, que a implementação de uma educação financeira nas escolas e a reflexão do próprio indivíduo antes de cada compra podem contribuir para frear o consumismo no Brasil. Deve-se ressaltar, contudo, que ambas ações só deverão produzir resultados significativos a médio e longo prazos, seja pelo tempo dispendido na formação de uma nova cultura, seja pelo processo de mudança de mentalidade.