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Enviada em: 02/04/2018

Desde os processos denominados revoluções industriais e a ascensão do capitalismo, o mundo vem priorizando, demasiadamente, produtos e mercados em função de valores humanos essenciais. Desse modo, percebe-se que no Brasil e no mundo os hábitos de aquisição estão ultrapassando as faixas de um consumo considerado saudável, tornando o consumista em diversas vezes um atuante movido a distúrbios emocionais e psicológicos.   Em primeira análise, cabe pontuar que o consumista não age como consumidor, aquele que visa a aquisição como uma necessidade para sua existência, mas sim transpor o essencial e beirar às margens do supérfluo. Esse excesso em suma é capaz de provocar disfunções, sejam elas psíquicas, socioeconômicas ou emocionais, sendo justificada as vezes por uma compensação há um vazio/frieza do convívio social. Além do mais, o acúmulo cada vez maior de supérfluos leva nossa sociedade a uma deterioração dos hábitos e dos valores, pois as pessoas se tornam gradualmente escravas do materialismo.   Ademais, convém frisar que os objetos de consumo marcam uma posição que reforça as fronteiras dos grupos de status. As elites estão engajadas num jogo contínuo em que seus padrões são valorizados universalmente, e as classes mais baixas procuram imitá-las, no qual a influência das elites para com essas classes pode tornar-se um perigo não só aos adultos e aos adolescentes, mas sim com as crianças, comprometendo o desenvolvimento de uma infância saudável e visando elas como potenciais consumidoras, através de publicidades. A elite defende sua distinção no consumo por meio do simbolismo pecuniário, pelas inovações estilísticas e atividades relacionadas à sua rede social.   Por conseguinte, medidas são necessárias para atenuar essa problemática, o indivíduo consumista precisa buscar ajuda psicológica a fim de compreender as causas desse problema e solucioná-los, através de debates com ex-consumistas e grupos de autoajuda. A mídia, por possuir grande influência/relevância, precisa promover esse debate por meio de ficções, filmes e livros, conscientizando os cidadãos a evitar uma possível entrada no mundo consumista. Outrossim, cabe ao Ministério da Educação promover a construção do criticismo nas escolas, por intermédio de palestras, debates em salas de aula e dinamismos pedagógicos, informando os alunos sobre os riscos do consumo exacerbado. Logo, ficará evidenciado que a pátria educadora oferece mecanismos exitosos no que diz respeito a prática do consumismo.