Enviada em: 07/04/2018

Com a supremacia tecnológica, estabelecida através da Terceira Revolução Industrial, houve um significativo aumento no mercado consumidor global, causando o fenômeno conhecido como consumismo. Tais práticas de aquisição de produtos são resultantes da intensa padronização sofrida pela sociedade ao longo do desenvolvimento das indústrias de massa. É notório o poderio dessas empresas em relação ao cotidiano popular brasileiro, uma vez que as referidas instituições são responsáveis pelo delineamento dos objetos de consumo do povo. Assim, é de extrema importância o combate ao domínio do consumismo vigente no Brasil, com o objetivo de atenuar as disparidades existentes entre as camadas sociais e promover o consumo consciente em esfera nacional.       De acordo com a sociologia durkheimiana, a sociedade molda os indivíduos a partir de seus interesses. Esse tipo de manipulação é algo recorrente no mundo globalizado, pois visa primordialmente a geração de lucros e a manutenção da hegemonia de grupos perante à maior parte do corpo social, oprimida por esses. Tais atos encarregam-se da formulação de um padrão de consumo, que é inatingível para grande parcela dos brasileiros. Como consequências dessa tentativa de inserção social, há o endividamento da população mais carente. Desse modo, deve condenar-se essas influências, visto que é de extremo prejuízo para a economia da sociedade como um todo e acentua a desigualdade entre os indivíduos que a compõe.       Convém ressaltar, também, que um dos principais efeitos negativos do consumismo é a negligência quanto aos aspectos sociais e ambientais que envolvem esse processo. Percebe-se a preocupação popular direcionada somente à aquisição de mercadorias que os enquadrem no modo de vida idealizado pelas mídias e por grandes empresas. Esse descaso, que acomete os brasileiros em sua quase totalidade, gera a dependência individual em referência à obtenção de produtos considerados "da moda" e origina sérios problemas no que diz respeito ao uso predatório de recursos naturais. Logo, essas ações são nocivas para uma sociedade, visto que acarretam a alienação de seus componentes.       Em concordância com o exposto, é imprescindível a reformulação dos hábitos consumistas no Brasil. Mídias sociais alternativas, de caráter pluralista, devem lutar pelo vigor de uma consciência econômica coletiva que almeja pela minimização da coerção exercida pelos dominadores sociais e seus impactos, por intermédio de campanhas publicitárias em redes sociais e folhetins. Concomitante à isso, o Ministério do Meio Ambiente deve empenhar-se na aprovação de leis que determinem os limites da exploração ambiental, para que haja a coexistência do consumo e o manejo correto de recursos naturais. Dessa forma, o consumismo é responsável pela degradação da comunidade brasileira.