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Enviada em: 03/04/2018

Desde o iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa os hábitos de consumo, hodiernamente, no Brasil, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática persiste intrinsecamente ligada a realidade do país. Nesse sentido, convém analisarmos o consumismo alimentar, bem como a influência de massas por meio da propaganda.  A priori, é indubitável que a questão constitucional e sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo o filósofo grego Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, as falhas legais quanto ao consumo exacerbado de comidas prontas rompem essa harmonia, haja vista que a intensa mobilidade urbana e inclusive o cumprimento do horários trabalhista, induz o consumidor a práticas alimentares rotineiras e com baixo índice nutritivo. Assim, aproveitando-se de "buracos" na justiça brasileira, inúmeras franquias alimentares perpassam o direito do consumidor e estimula o consumismo desenfreado.   Outrossim, destaca-se as propagandas em massa como impulsionadora do problema. De acordo com Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e pensar, dotado de exterioridade, generalidade e coercitividade. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que o aumento do número de consumidores é proporcional a divulgação em meio público dos produtos ofertados. Estimuladas pelo sentimento do pertencimento, pessoas são levadas a adquirirem produtos que se quer serão alvos de utilidade durante  seu dia. Logo, o meio de convivência social funciona como mecanismo de manipulação psíquica, ordenando e instruindo o indivíduo a uma única linha de pensamento: comprar.   É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de um mundo melhor. Destarte, o Ministério da Saúde (MS), deve criar catálogos com as principais consequências ao corpo humano, resultante do consumismo em larga escala, promovendo o conhecimento acerca do empecilho e consequentemente amenizando essas estatísticas hodierna. Como já dito pelo pedagogo Paulo Freire, a educação muda as pessoas, e essas mudam o mundo. Logo, o Ministério da Educação (MEC), deve instituir nas escolas palestras, ministradas por psicólogos, que discutam o combate as formas de alienação, ainda presente nas propagandas em massa.