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Enviada em: 03/04/2018

De acordo com o Fato Social de Durkheim, psicólogo social, a sociedade tende a moldar os indivíduos. Dessa forma, é possível afirmar que os seres humanos estão sujeitos aos efeitos do espetáculo do consumo, promovido pelo sistema capitalista pós-moderno. Isso se dá, principalmente, a partir da década de 1970, momento em que inicia-se a Terceira Revolução Industrial.              Sendo assim, é fruto da Revolução técnico-científico-informacional a obsolescência programada, criada como estratégia de marketing, que promove o consumo exacerbado de produtos industrializados. O consumismo, como fenômeno social, é o combustível para o desenvolvimento do capitalismo. Dessa maneira, é interessante para o sistema, que o Brasil tenha hábitos que contribuam para a dinâmica dessa engrenagem mercadológica.         Segundo o filósofo Foulcault, muitas são as formas em que as instituições sociais influenciam o indivíduo, e entre estas destaca-se a mídia, que se beneficia do atual cenário sócio-econômico brasileiro. Nesse contexto, o poder midiático avança sobre o conteúdo pueril e resulta no consumismo infantil, importante fonte de vitalidade do capitalismo. De acordo com dados do PROCON, a propaganda de TV influencia cerca de 70% na compra de produtos infantis.              Desse modo, em virtude dos fatos mencionados e de acordo com a teoria durkheimiana, é necessário modificar as bases da tradição do consumo. Nesse viés, é preciso que o Poder Executivo invista na Educação, principal elemento transformador social, para que, assim, a população desenvolva senso crítico ao adquirir um produto. Além disso, é indispensável que a mídia seja instrumento de promoção da reeducação em massa, a partir propagandas conscientes. É importante, também, que palestras e debates sejam organizados por ONGs e pelo Governo, com o intuito de disseminar melhores hábitos de consumo.