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Enviada em: 08/04/2018

É notório que, desde a revolução industrial, com a produção em série e o consumo em massa, vivemos em uma sociedade capitalista na qual, mostra-se quem é através do que se tem. Nesse sentido, na atualidade, vale levar em consideração a elevada influencia da mídia televisiva para persuadir os indivíduos a comprarem cada vez mais e a quantidade de lixo produzido por esse consumo em excesso.      Sabe-se que a partir da mecanização da produção, o estimulo ao consumo tornou-se primordial para a manutenção do sistema capitalista. Assim, de acordo com o filosofo Karl Marx, para que esse incentivo ocorresse, criou-se o fetiche sobre a mercadoria: constrói-se a ilusão de que a felicidade seria encontrada a partir da compra de um produto. Nesse contexto, inserem-se os empreendedores que, através de comerciais e programas de TV induzem, diariamente, 80% das crianças e adolescentes que passam em média de 2 à 3 horas diárias em frente a televisão, segundo o IBGE, a necessitarem, de certa forma, de tais produtos, aumentando, cada vez mais, a quantidade de futuros adultos consumistas no Brasil.      Ainda convém lembrar que , segundo Zygmunt Bauman, importante sociólogo, ao pronunciar a frase “Consumo logo existo”, demostrou que na sociedade pós-moderna, a condição indispensável é o consumo. Por esse motivo, o Brasil, segundo o IBGE, produz aproximadamente 80 milhões de resíduos sólidos por ano descartados em lixões a céu aberto e aterros sanitários. É evidente que, as escolas, por serem a base da educação são essenciais para mudar esse quadro, ensinando as crianças e adolescentes os impactos de comprar excessivamente e os problemas que podem trazer ao meio ambiente e a eles mesmos. Pois, segundo Pitágoras “ Deve-se educar as crianças e não será necessário castigar os homens”.      Portanto, as escolas de Ensino Fundamental ao Médio devem criar maneiras de discutir , através de palestras e projetos ministrados por professores e psicólogos, a importância e os impactos da reciclagem e do consumismos, respectivamente, incentivando-os a implantarem a coleta seletiva em seus lares e a terem consciência do problema que é consumir em excesso. Além disso, o CONAR- Conselho nacional de autorregulação publicitária- deve fazer uma regulação de propagandas que, influenciem a compra compulsória, para que assim seja revertido o quadro de consumismo no Brasil.