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Enviada em: 09/04/2018

A sociedade pós-moderna em que vivemos é assolada por uma enfermidade em ascensão, a qual poucos de nós conseguimos perceber completamente: o consumismo desenfreado. Encontra-se, a partir da significação de determinado objeto de compra, não mais a importância real para nossas necessidades, mas sim, hoje, a que padrão ilusório tal aquisição pode nos levar na sociedade capitalista desenvolvida. Desde a Revolução Industrial até o chamado American Way of Life, do século XX, somos cada vez mais propensos a cair na armadilha do consumo irresponsável. Logo, globalizando-se tal fenômeno, nós brasileiros não estamos de fora do aumento nas porcentagens que evidenciam tal problemática.     O ato de comprar, há tempos parou de tomar a proporção apenas de necessidade. Com as facilidades desenvolvidas, principalmente nas diversas opções de pagamentos (cartões de crédito, cheques, carnês especiais e outros) a atividade passa a desempenhar a função de entretenimento também. O apelo midiático apresentado, convoca os cidadãos de todas as classes sociais, não levando em conta mais suas realidades financeiras, ambientais e sociais, à aquisição de bens com a finalidade de moldar a todos em um padrão consumista. Parafraseando o filósofo René Descartes - tomando como cenário o consumismo atual-, em uma de suas mais célebres epígrafes: Consumo, logo existo.       É espantoso perceber o quanto somos influenciados pela cultura comercial em nossos dias.  A busca pela fuga de nossas realidades é exemplificada em nossos hábitos de compras, pois mesmo quando compreende-se a não necessidade de adquirir determinado objeto, o simples fato de talvez este promover uma certa alavanca social, acarreta no consumo desnecessário. Com o tempo, e na maioria das vezes, o endividamento passa a ser a realidade do consumidor, o que atesta a falta de educação financeira que boa parte dos brasileiros carregam em suas vidas.          À vista disso, faz-se necessário compreender que para mudanças significativas no cenário desenvolvido de consumo no Brasil, a inserção de aulas no currículo escolar de gerenciamento financeiro e consumidor será de suma importância, pois assim, desde cedo haverá uma ampliação de consciência de compras. Também, é necessário analisar que, principalmente, as crianças acabam por fazer parte desse grande mercado de compras, logo, os pais podem trabalhar hábitos de consumo responsáveis com seus filhos antes mesmo destes precisarem participar diretamente de toda a logística consumidora.