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Enviada em: 08/04/2018

A Revolução Industrial, em seus critérios de produção em massa, introduziu uma sociedade mundial de consumo cujos hábitos são pautados  na impulsividade e no exagero. Tal lógica do mercado capitalista baseia-se, principalmente, em dois fatores: o aumento considerável do poder aquisitivo da população e a influência midiática.       O crescimento da renda média brasileira, relacionado à melhoria das oportunidades de trabalho, permitiu que o cidadão pudesse ter uma maior liberdade financeira e, portanto, usufruir de inúmeros bens e serviços, atrelados às suas necessidades e ao seu prazer. Esse fato, entretanto, refletiu num exagerado e, muitas vezes, inconsciente poder de compra de alimentos, vestimentas, tecnologia e recursos naturais, os quais, frequentemente, são subutilizados e contribuem para a formação de milhares de toneladas de lixo anualmente.     É importante destacar, ainda, o papel exercido pelos meios de comunicação sobre o indivíduo, através de estratégias de marketing sedutoras responsáveis pela criação de uma cultura em massa, que estabelece e naturaliza objetivos de consumo específicos relacionados aos interesses dos detentores dos meios de produção - o que o filósofo e sociólogo alemão Karl Marx denominou como hegemonia. Esse fenômeno é passível de obervação especialmente em países como o Brasil, que sofrem com o imperialismo cultural imposto pelas nações consideradas desenvolvidas.       Portanto, a partir desta anomalia característica do mundo globalizado, tem-se a necessidade de intervir a fim de promover uma melhor qualidade de vida ao público e uma recuperação ambiental. Logo, caberia ao Ministério da Educação inserir  a disciplina de Educação Financeira na grade curricular do Ensino Médio para conscientizar os jovens acerca da administração de seus lucros; ao Governo Federal, fornecer redução de impostos nas contas de água e energia àqueles capazes de minimizar os gastos destas.