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Enviada em: 09/04/2018

As facilidades proporcionadas pela tecnologia trazem ao cidadão moderno uma série de benefícios cotidianos em determinadas atividades como, por exemplo, maior agilidade em transações de compra e venda de produtos. Embora tal atividade seja responsável por alimentar parte da economia brasileira, está intimamente relacionada aos maus hábitos de consumo que são apresentados pela população. Nesse sentido, deve-se analisar como a  estimulação publicitária infantil e as facilidades oferecidas pelas instituições bancárias atuam na problemática em questão no Brasil.        Segundo dados do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística - IBOPE - o tempo médio que uma criança brasileira passa em frente a televisão chega a somar mais de cinco horas diárias. Nesse período, são inúmeros os estímulos publicitários que transmitem a ideia de um mundo mágico repleto de fantasia que, pode ser capaz de despertar na criança um desejo imediato pelo consumo. Dessa forma, é possível notar como alguns padrões de consumo adotados ainda na infância.        A posteriori, pode-se analisar como as instituições financeiras exercem papel fundamental no perfil de gasto do brasileiro. Muitos consumidores iludidos pelas facilidades de crédito oferecidas pelos bancos acabam tomando empréstimos para satisfazerem o desejo pelo consumo. Tal anseio pode ser explicado pelo papel que a mídia exerce ao introduzir um novo produto ou serviço, sendo capaz de implantar no expectador a falsa impressão de necessidade, de tal maneira que, esse busque nos bancos o subsídio necessário para tal aquisição. Entretanto, nem sempre é possível honrar tais empréstimos uma vez que são altos os juros impostos pelas instituições. Segundo dados do Banco Central, a inadimplência relacionada à concessão de crédito subiu de 34% em 2016 para 40% em 2017.        Torna-se evidente, portanto que, a estimulação publicitária no público infantil e as facilidades oferecidas pelas instituições bancárias são grandes responsáveis pelo perfil de consumo do brasileiro. Nesse contexto, compete ao Poder Legislativo através do Congresso Nacional, a criação de um código nacional de publicidade a fim de regulamentar a propaganda infantil no Brasil, diminuindo, dessa forma, a exposição de crianças a conteúdos que possam ocasionar o consumo exagerado. Cabe ao Banco Central em seu papel de regulador da economia, a implantação de um conjunto de normas que vise diminuir a concessão de créditos bancários aos cidadãos usuários dos serviços de tais serviços, visando, dessa maneira, a diminuição do consumo e, por consequência, uma queda no número de inadimplentes no Brasil.