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Enviada em: 06/04/2018

Desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa o modo de consumir , no Brasil, atualmente, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não desejavelmente na prática, e essa problemática persiste intrinsecamente ligada à realidade do país, seja pela falta de politicas sobre o consumismo, seja pelo consumo desnecessário. Nesse sentido, convém analisarmos as causas do consumo negligente na sociedade brasileira.        É indubitável que a questão constitucional e sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo o filósofo grego Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, a ausência de politicas que destaque o que os consumidores realmente precisam comprar, com base em seu rendimento financeiro, rompe essa harmonia, haja vista os cidadãos não tenham noções básicas de planejamento financeiro. Prova disse é que segundo o Serviço de Proteção ao Crédito 30% dos consumidores brasileiros não tem um planejamento básico de consumo.         Outrossim, destaca-se que alguns indivíduos consomem para se inserir em determinado grupo social como impulsionador do problema. Tudo isso ocorre pois, de acordo com a Teoria Psicanalítica de Freud, o indivíduo vive em constante conflito entre seus impulsos inconscientes(ID) e a consciência dos seus limites sociais(Superego).Desse modo, entende-se que o desejo de consumir não se apresenta como uma tendência impulsiva do indivíduo. Contudo, atender a esse impulso configura-se como uma necessidade do indivíduo fazer parte do conjunto de pessoas que tem os mesmos bens matérias, fazendo com que o embate freudiano, entre comprar ou não, se estabeleça, o que leva o indivíduo a um momento de crise.         É necessário admitir, portando, que ainda há entraves para garantir a solidificação de politicas que visem à construção de um mundo melhor. Destarte, o Ministério da Fazenda deve criar políticas nos municípios que informem os consumidores sobre a importância de um consumo consciente, promovendo palestras e propagandas que pode-se comprar qualquer bem material(necessário para viver) com planejamento financeiro. Como já dito pelo pedagogo Paulo Freire, a educação transforma as pessoas, e essas mudam o mundo. Logo, o Ministério da Educação (MEC) deve instituir, nas escolas, palestras ministradas por psicólogos, que discutam que os indivíduos não precisam ter bens matérias para se inserir socialmente , a fim de que o tecido social se desprenda de certos tabus para que não vida a realidade das sombras, assim como na alegoria da caverna de Platão.