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Enviada em: 04/04/2018

Na série de TV norte-americana "Todo mundo odeia o Chris", o personagem Julius demonstra prezar por hábitos de consumo mais saudáveis, ainda que de forma exorbitante. No Brasil, todavia, apenas 30% da população costuma efetuar compras de maneira consciente, de acordo com estudo realizado pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas). Sendo assim, é imprescindível que haja um amadurecimento da sociedade quanto aos benefícios trazidos pela adoção de padrões consumistas mais flexíveis.        A sociedade brasileira contemporânea é marcada pelo elevado número de propagandas circulantes, que são veiculadas pelos mais diversos meios de comunicação, assim como pela ideia de que os indivíduos são definidos por aquilo que possuem. Esses fatores influenciam os hábitos consumistas da população. Dessa maneira, famílias com baixa renda mensal, induzidas por anúncios publicitários e com vista a sentirem-se pertencentes à comunidade, adquirem bens ou serviços que não cabem em seus orçamentos.          Outrossim, o consumismo desenfreado, típico da população brasileira, acarreta sérios impactos ao meio ambiente. O consumo exacerbado de energia elétrica na produção industrial, o aumento na retirada de matéria prima da natureza, o elevado volume de água necessário para a fabricação dos mais variados artigos, são consequências da crescente demanda de bens de consumo duráveis e não-duráveis. Além disso, com a diversidade de produtos oferecidos no mercado, em especial dispositivos eletrônicos, os aparelhos acabam tendo vida útil muito curta, aumentando o número de resíduos no ambiente.          Portanto, medidas devem ser tomadas para resolver o impasse. O CONAR, Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, deve garantir uma maior fiscalização das propagandas veiculadas no Brasil e promover uma adaptação na legislação atual, no que diz respeito à publicidade, com vista a evitar abusos em anúncios publicitários. Além disso, o Ministério do Meio Ambiente deve promover campanhas, nas escolas públicas do país, que estimulem os estudantes a adotarem hábitos de consumo mais conscientes, evitando, por exemplo, a troca precipitada de dispositivos eletrônicos, e ensinando-os maneiras adequadas de descartá-los