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Enviada em: 04/04/2018

De acordo com Karl Marx, o fetichismo da mercadoria é essencial para a sustentação do capitalismo, visto que nesse modelo econômico os produtos possuem valor simbólico e social, de forma que as relações humanas são sustentadas através da aquisição de bens materiais e do acúmulo de capital.Tal perspectiva é característica da sociedade atual, pois é marcada pelo consumo irracional, o qual favorece interesses políticos e econômicos, originando adversidades sociais e ecológicas. Logo, é preciso haver mudanças, a fim de superar essa concepção consumista e de garantir um desenvolvimento interno democrático e sustentável.   A expansão dos setores secundários e terciários da economia, por conta do advento das revoluções industriais, foi essencial para a consolidar o modelo econômico vigente, cujo vincula consumo com prestígio social. Com a perduração do capitalismo, tornou-se primordial a hegemonia da "Indústria Cultural' - termo criado por membros da Escola de Frankfurt para definir a aproximação das redes de conteúdo de entretenimento com as massas consumidoras. Desse modo, as mídias tradicionais favorecem a criação de um espectador passivo e acrítico para sustentar o sistema de geração de lucros e para legitimar a demanda excessiva das mercadorias.   Nesse contexto, a demanda excessiva de mercado é responsável por causar prejuízos ecológicos, uma vez que exige grande base produtiva para suprir os interesses das grandes potências mercantis. Sendo assim, o produtor estimula um consumo constante através, por exemplo, das estratégias da obsolescência programada, em prol do aumento da circulação de materiais industrializados. Dessa forma, além da extração predatória de recursos naturais para a elaboração dos produtos, a última etapa da cadeia produtiva é negligenciada e atinge setores sociais e ambientais, configurando  problemas relacionados à saúde pública e à habitação, de maneira que afeta, por fim, a consolidação da democracia brasileira, já que o aumento das desigualdades sociais e o desleixo com os direitos básicos previstos na Constituição Federal estão presentes nesse cenário.   Considerando tal defasagem, são necessárias mudanças, a fim de superar o fetichismo da mercadoria e de concretizar a democracia nacional. Para isso, a comunidade escolar, em parceria com o Terceiro Setor, deve promover palestras, aulas interdisciplinares e debates coletivos que demonstram os efeitos negativos do consumo irracional, em função de auxiliar na formação crítica e cidadã do aluno, amenizando, gradativamente, tal perspectiva consumista presente na sociedade.Paralelamente, o Poder Legislativo deve estipular obrigatoriedade da exposição da pegada ecológica no rótulo dos produtos, favorecendo a sustentabilidade individual através da exibição dos danos ecológicos.